Neste artigo discuto a elaboração da dramaturgia Odisseia 116 a partir dos conceitos de memória, experiência, narrativa, trauma, cicatriz, e autobiografia, presentes em alguns ensaios do filósofo e crítico alemão Walter Benjamin (2012) no livro Magia, Técnica, Arte e Política. Dialogo também com alguns ensaios da filósofa Jeanne Marie Gagnebin (2006), autora do prefácio do livro citado, dentre outros autores. Como metodologia, amparo-me em aspectos da cartografia e da genética teatral. Como considerações finais, desenvolvo a possibilidade de uma escrita que surge de materiais e inspirações diversos por meio de um processo de características rizomáticas,levando em consideração as potências do trauma e da cicatriz. Palavras-chaveDramaturgia. Autobiografia. Viagem. Trauma. Cicatriz.
Entrevista concedida via Skype pela atriz e diretora Quitéria Kelly do Grupo Carmin, na data 27 de janeiro de 2019, sobre os espetáculos Jacy e A Invenção do Nordeste. A entrevista surgiu do meu interesse sobre Teatro documentário, e aborda duas peças de estética de Teatro Documentário do Grupo Carmin.
Este artigo é uma análise do processo de escrita da dramaturgia Odisseia 116 a partir de uma viagem que durou seis dias de ida e volta de ônibus entre o Rio de Janeiro e o Ceará. A dramaturgia se estrutura sobre uma tríade: as características autobiográficas; a possibilidade de entrevistar pessoas e fotografar as paisagens em viagem e a Odisseia homérica, obra inspiradora dessa escrita. Uma cartografia surge como metodologia a partir da viagem e se consolida na dramaturgia. Dialogo com entrevistas cedidas por Antônio Araújo e Bernardo Carvalho sobre o espetáculo BR3. Nas considerações finais, aponto para três cartografias possíveis: a cartografia da viagem, a cartografia da dramaturgia e a cartografia da sala de ensaio.
Resumo: O presente artigo é uma análise do processo de escrita da dramaturgia Odisseia 116 a partir de uma viagem de ônibus entre o Rio de Janeiro e o Iguatu, interior do Estado do Ceará e minha terra natal. A dramaturgia se estruturou sobre uma tríade: as características autobiográficas, a possibilidade de entrevistar pessoas e fotografar as paisagens em viagem e a Odisseia homérica. Como metodologia, opto pela cartografia a partir da teórica Suely Rolnik, compreendendo os dois atos estéticos sobre os quais me debruço: viagem e dramaturgia. Articulo questões de desterritorialização, deriva e identidade. Como conclusão, pontuo que as leituras para a feitura deste artigo têm retroalimentado a minha escrita dramatúrgica.
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