RESUMO -Neste artigo são apresentadas informações sobre a biologia floral de Virola surinamensis (Rol.) Warb. (Myristicaceae), espécie florestal dióica de relevante importância econômica na região amazônica. O estudo foi realizado em uma área de várzea próximo à bacia do igarapé Murutucum, lado direito do rio Guamá, localizada no Campus da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, na cidade de Belém, Estado do Pará, no período de janeiro a dezembro de 2001. Avaliou-se a biologia floral desde o aparecimento dos botões florais até a senescência das flores estaminadas, bem como a formação de frutos nas flores pistiladas. Testes bioquímicos foram aplicados para verificação de odor, pigmentos, osmóforos e receptividade do estigma. A observação no comportamento dos visitantes florais foi realizada durante o período diurno, registrando-se os horários de visitas, tempo de permanência na flor e freqüência; alguns indivíduos foram coletados com rede entomológica e identificados no Departamento de Zoologia do Museu Paraense Emílio Goeldi. A antese ocorreu entre 6 e 16 h nas flores estaminadas e entre 8 e 16 h nas flores pistiladas; a presença de odor foi constatada apenas nas flores estaminadas, enquanto os pigmentos e osmóforos foram encontrados em ambas as flores; o estigma mostrou-se receptivo no período entre 12 e 14 h. Os insetos da ordem diptera foram os visitantes mais freqüentes nas flores estaminadas e pistiladas e as espécies Copestylum sp. e Erystalys sp., as responsáveis pela polinização.Palavras-chave: Ecologia da polinização, testes bioquímicos e visitantes florais. Virola surinamensis (ROL.) WARB. (MYRISTICACEAE)FLORAL BIOLOGY ABSTRACT -Information was obtained on the floral biology of
Nas últimas décadas a floresta amazônica vem sofrendo pressão de diversos setores com sua constante destruição, o que acaba ocasionando a busca por soluções para minimizar os impactos sofridos. O trabalho teve como objetivo geral caracterizar as principais técnicas utilizadas para uso do fogo na prática agrícola e a prevenção de queima controlada por agricultores familiares do município de Novo Progresso. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada com aplicação in loco. Constatou-se que 14% dos entrevistados não fazem uso do fogo na agricultura enquanto que a grande maioria dos produtores utilizam o fogo. Quanto as palestras de prevenção e combate a incêndios florestais, ministrados pela brigada de incêndios da região, 77% dos entrevistados participaram destas atividades, 18% nunca participaram, e 5% não foi possível adquirir dados a respeito do questionamento. Como medida de proteção ao fogo acidental, 95% dos produtores entrevistados fazem o uso de aceiro e 5% não adotam essa prática. A manutenção destes aceiros é feita com maquinas agrícolas por uma pequena parcela (10%) enquanto que 45% dos entrevistados fazem a limpeza manualmente e 45% não fazem nenhum tipo de manutenção. São necessários a presença e efetividade dos órgãos públicos da região, junto aos agricultores assentados, para a melhoria nas condições do uso do fogo nas práticas agrícolas.PALAVRAS-CHAVE: Agricultura, Assentamento, Incêndios.
O objetivo deste estudo foi comparar a viabilidade econômica (VE), entre sistemas de cultivo tradicional (coivara) e sistemas agroflorestais (SAF), com o cumaru (Dipteryx spp.) como componente principal em áreas de agricultores familiares (AF) do PDS Terra Nossa (Novo Progresso-PA) e indígenas Kayapó da Terra Indígena (TI) Baú (Altamira-PA). Para tanto, foram realizados diagnósticos participativos e entrevistas semiestruturadas, realizadas entre 2015 e 2018. A análise dos dados teve como referencial o horizonte temporal de 4 anos e 8 anos. A VE foi medida pelo Valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR) e da relação benefício/custo (B/C). Os cultivos mais frequentes nas roças de AF do PDS Terra Nossa (Novo Progresso) e indígenas Kayapó, da Terra Indígena (TI) Baú, foram o cultivo de banana e da mandioca. A análise econômica observou que o sistema de monocultivo de banana (SMB) foi o que obteve os melhores resultados aos 4 anos, com VLP de R$ 26.810,16, TIR de 32,62%, B/C de 2,56, com o plantio de banana e cumaru (SAF2) com o segundo melhor resultado (VPL R$ 32.809,05, TIR de 29,39% e B/C de 3,18), e o sistema de monocultivo de mandioca (SMM) com o pior desempenho. Por outro lado, ao considerar o horizonte temporal de oito anos, o sistema SAF3 apresentou melhor desempenho econômico com VLP de R$ 36.655,88, TIR de 25,76% e B/C de 3,15, e a segunda alternativa mais rentável foi o SAF cumaru e banana (SAF2) (VPL R$ 32.809,05, TIR de 29,39% e B/C de 3,18).
Os SAFs são o conjunto de técnicas de manejo e uso da terra que implicam na combinação de árvores com cultivos perenes, com pecuária ou com ambas as proposições, de forma conjunta ou escalonada no tempo e no espaço. O objetivo deste trabalho foi realizar uma estimativa de geração de renda, por meio de uma análise de viabilidade econômica, pela introdução de sistemas agroflorestais (SAFs), possibilitando ao produtor a tomada de decisões em seu investimento antes mesmo de este ser implementado para minimizar frustrações e perda de capital em propriedades de agricultores familiares no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Terra Nossa, localizado nos municípios de Novo Progresso e Altamira. Ao todo, 44 unidades familiares distribuídas aleatoriamente no assentamento demonstraram interesse em participar da implantação de SAF promovidos pelo Projeto Horizonte Verde. Foram selecionados 18 produtores, aos quais se aplicou questionários em forma de entrevista pessoal. Para compor o valor das receitas, obtiveram-se dados sobre os preços de mercado dos produtos comercializados na sede municipal de Novo Progresso, por meio de aplicação de questionário, para fins de constatação dos valores de produtos como sementes, frutos, madeira, cereais entre outros produtos. Verificou-se que, com exceção do arranjo S4, grande parte dos arranjos de SAFs analisados mostrou ter uma estimativa de renda positiva, pois os valores para Valor Presente Líquido (VPL), taxa interna de retorno e relação custo-benefício foram positivos em um horizonte de 20 anos. Com relação às receitas e saldos nos SAFs, observa-se que os seis arranjos mais rentáveis, classificados pelo critério do VPL, foram os arranjos S18, S2, S10, S11, S1 e S12 que se destacaram por ter espécies com alta produtividade anual e aceitação no mercado local. A maioria dos SAFs analisados aponta viabilidade econômica de acordo com os indicadores de VPL, TIR e RB/C, possibilitando ao produtor tomar decisões de investimento. Os SAFs mais rentáveis economicamente apresentaram em sua composição açaí (Euterpe oleracea Mart.) e cumaru (Dipteryx odorata Willd). Os valores gastos com tratos culturais e colheita, são os que mais demandam mão de obra, sendo responsáveis por boa parte dos custos totais dos SAFs na estimativa realizada para 20 anos.
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