Learning to think about one's life -A biographical workshop in the formation of educators/teachersAbstract Aprender pensando sobre a própria vida -Um ateliê biográfico na formação de educadores/professores Resumo Neste texto assumimos o quadro da pesquisa biográfica em Educação e a corrente das histórias de vida em formação, incluindo alguns estudos atuais neste campo. Partilhamos vivências, práticas e reflexões em torno de um ateliê biográfico de projeto (ABP) gerado e desenvolvido com onze estudantes durante o atual ano letivo, no período final da formação inicial de educadores/professores. Apresentamos os contornos do modelo de formação deste recente perfil profissional em Portugal, o processo associado à conceção do dispositivo pedagógico em si e como se tem desenvolvido em articulação com a concretização do Curso de Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo na Universidade de Évora. Sustentando o ABP e testemunhando curiosidades e interesses iniciais, descortinamos algumas questões que nos moveram em busca de caminhos de construção de identidade(s). Para tanto, destacamos os conceitos de aprendizagem biográfica e de biographicity (Alheit & Dausien, 2000;Alheit, 2009) ou biograficidade em Delory-Momberger (2016), assim como o de ateliê biográfico de projeto proposto por Delory-Momberger (2006). Porque estamos na fase final, as considerações finais são narrativas emergentes de como em conjunto temos aprendido pensando sobre a própria vida. Terminamos sem concluir. Das releituras das narrativas biográficas escritas e das conversas que mantivemos nos momentos de encontro e partilha, anunciamos alguns aspetos onde ressalta(m) o(s) desejo(s) de ser educadora/professora em diferentes nuances e com voz. Advogamos que convocam reflexões sobre múltiplas identidade(s) em construção tendo em conta o processo, o contexto, o conhecimento e as pessoas em formação. Acompanhar e refletir em momentos de formação profissional universitária, pode ser um caminho que deixa carrilar projetos (d)e vida e identidades que se (re)constroem transgredindo posições e fomentando disposições. Palavras chavePesquisa biográfica, narrativas, formação de educadores/professores, aprendizagem, identidade. AbstractIn this article, we assume that the biographical research is about how people's life courses develop through interaction between the individual subjectivity and the societal conditions. We share experiences, practices and reflections around a biographical project atelier (ABP) developed with eleven students during the current school year, in the final of their teacher education. We present the model of this recent teacher profile in Portugal for early years, the process and the design of the pedagogical device itself and how it has been developed within Master Course in Pre-school Education and 1 st Cycle at the University of Évora. Because learning is an important part of this interaction, and therefore biographical research includes a conception of learning. For this, we provide an overview of the theoretical understandin...
A pandemia da Covid-19 abriu perspectivas de novas alianças entre sociedade e universidade numa Ágora digital planetária. Com base no princípio da indissociabilidade entre pesquisa e extensão, apresentamos resultados de pesquisas sobre o Ateliê biográfico, enquanto dispositivo de pesquisa-ação-formação, cujo enfoque são vivências e práticas reconstruídas individualmente e de forma coletiva. O artigo focaliza possibilidades de entrelaçar memórias e devir no ato de narrar a experiência vivida mediante diversos instrumentos semióticos, incluindo webgrafias. Os resultados evidenciam que os participantes do Ateliê se apropriaram das interfaces entre vida existencial e profissional ao (re)interpretarem modos de ser e de agir. A reflexão coletiva contribui para a tomada de consciência e empoderamento de quem narra ao aliar dimensões pessoal, profissional e laboral com vista ao bem-estar necessário à preservação da qualidade de vida e do equilíbrio social numa sociedade mais justa. Palavras-chave: Pesquisa-ação-formação. Narrativas de experiência. Extensão universitária. Ateliê biográfico.
El objetivo as céleres mudanças do mundo contemporâneo requerem dos professores novos saberes, teorias, experiências e valores que lhes permitam (re)ver e transformar suas práticas, na complexa tarefa de melhorar a qualidade social da educação, o que passa necessariamente pela formação e pela experiência profissional. Este cenário motivou a presente pesquisa objetivando compreender como repercutem na (re)construção de saberes, na ação profissional e na (re)constituição da identidade docente, as alterações ocorridas nas últimas décadas, as políticas educacionais, legislação, alterações e mudanças institucionais, acordos internacionais e, sobretudo, as experiências pessoais e profissionais de cada docente. Originalidade: Entre as quatro dimensões que o projeto aborda - formação, experiência, interações e inserção em organizações – selecionou-se para este texto a experiência, enquanto constitutiva dos saberes da prática e da identidade profissional. Método: A pesquisa conta com investigadoras das Universidades do Minho-Pt, de Évora-Pt e da UFR/UFMT/Br. Como estratégia: O corpus da pesquisa constitui-se de narrativas de três professores de crianças, uma do Brasil e duas de Portugal, com 20 a 30 anos de ação/prática docente, considerados como bons professores pela comunidade profissional. Questiona-se: Quais as aprendizagens mais significativas identificadas pelos professores e como as relacionam à experiência profissional? Como é que a experiência se constitui como formação profissional? Quais as experiências com crianças que os professores reportam como mais significativas? A pesquisa comprova que, independentemente de qual o lado do Atlântico em que se esteja, as interações com as crianças, com os pares profissionais e com as comunidades, constituem o pilar principal para a (re)construção das identidades profissionais.
Admitindo que a criança tem o direito assegurado de se expressar sobre questões que lhe dizem respeito, o objetivo deste artigo é discutir a importância de tomar em consideração a palavra de crianças com doenças crônicas, implicando escutar o que têm a dizer sobre as experiências vividas nas travessias entre a saúde e o adoecimento, a escola e o hospital. A pesquisa foi realizada com seis crianças hospitalizadas, recorrendo a uma situação de faz de conta. A base teórica fundamenta-se nas propostas de Jerome Bruner sobre a capacidade da criança em se tornar narradora, nos estudos de Paul Ricoeur sobre a atividade humana de se compreender ao dar sentido à experiência vivida e numa certa visão de aprender para o bem-estar (KICKBUSCH, 2012). As análises permitem discutir a agentividade da criança, sua capacidade para acolher o outro, a importância das classes hospitalares para o seu bem-estar e como se tornam “experts” no convívio com a doença nas transições peculiares de sua condição de criança no convívio com o adoecimento.
A evolução socio-histórica da escola, da educação escolar ou o pensamento sobre os professores e a sua formação, mostram o quanto se têm ampliado as funções dos professores, redimensionando, inclusivamente, a natureza e a construção do conhecimento sobre as infâncias e as crianças. Para este texto mobilizamos a assertiva de que o professor é um profissional do humano, um interventor mais ou menos consciente e crítico do seu papel social, cuja ação se desenvolve na interação com outras pessoas, em especial e aqui convocadas as crianças. Nessa perspetiva, a ação docente com crianças só faz sentido se estiver fortemente impregnada de um compromisso social, ou seja, com as pessoas nos contextos que habita no dia-a-dia, pensando no que é mais imediato, mas também com a sociedade e a cultura, em termos mais globais. Neste texto desafiam-nos, portanto, os modos de (re)configuração identitária pelos quais as experiências vividas são mantidas, permanecem amplamente desconhecidas e tantas vezes não são reconhecidas, sobretudo porque as investigações que temos realizado devolvem um feedback merecedor da reflexão profunda sobre o valor e a necessidade de escutar as crianças, valorizando uma ecologia dos saberes, mas também mais amplamente as aprendizagens e o desenvolvimento, pessoais e profissionais, derivados da vida e(m) interação.
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