Descritores: Ectrópio/epidemiologia; Oftalmopatias/epidemiologia; Prevalência; Acuidade visual; Brasil/epidemiologia Objetivo: Apresentar as características dos portadores e a prevalência do ectrópio em uma amostra populacional aleatória do Estado de São Paulo, Brasil. Material e Métodos: Os dados foram colhidos durante a realização do Projeto de Prevenção da Cegueira da Faculdade de Medicina de Botucatu -UNESP, com amostra domiciliar sistemática aleatória. Foram avaliados 10.432 indivíduos, residentes em 11 municípios da regional de saúde localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo. Os resultados obtidos foram submetidos a análise estatística para avaliação de variáveis descritivas e da prevalência do ectrópio palpebral. Resultados: Foram detectados 71 portadores de ectrópio palpebral, com prevalência estimada de 0,68%. A prevalência não foi semelhante nos Municípios estudados. A maioria dos portadores de ectrópio apresentava idade acima dos 70 anos e era do sexo masculino. Vinte e oito por cento dos portadores de ectrópio apresentavam catarata concomitantemente. Conclusão: A prevalência do ectrópio na população CentroOeste do Estado de São Paulo é de 0,68%. O ectrópio palpebral ocorre mais frequentemente em homens, geralmente idosos, expostos ao sol, mais na pálpebra inferior e com acuidade visual corrigida normal. RESUMO INTRODUÇÃOEctrópio palpebral corresponde à eversão da pálpebra inferior, podendo ser de causa congênita ou adquirida, sendo as formas congênitas raras (1) . Dentre as formas adquiridas, pode-se ter o tipo involucional (também conhecido como ectrópio senil, relacionado a alterações do envelhecimento), o cicatricial (decorrente de alterações cicatriciais da pele palpebral, muitas vezes induzidas pela radiação solar em portadores de pele clara), o mecânico (que ocorre por lesão que traciona mecanicamente a pálpebra para baixo), o paralítico (decorrente de paralisia inervacional da pálpebra) e o inflamatório (que ocorre por processos inflamatórios da margem palpebral). Dentre estas formas clínicas, a mais frequente é a involucional, que acomete a população de indivíduos idosos.O envelhecimento resulta de inúmeros danos metabólicos e ambientais que acontecem ao longo de anos, causando vários distúrbios nos olhos da população idosa (2) , podendo o ectrópio estar presente, em associação com outras afecções.
Linfoma não-Hodgkin de órbita: relato de caso INTRODUÇÃO Os linfomas não-Hodgkin (LNH) constituem um grupo de neoplasias muito heterogêneo, podendo derivar de proliferação clonal de linfócitos T e B. Esses tumores podem aparecer em nódulos linfáticos e sítios extranodais (1) . A órbita é um sítio raro dessa doença, estimando-se que nela ocorra apenas 1 a 8% dos LNH (1)(2)(3)(4)(5) . Apesar dos linfomas representarem aproximadamente 10% de todos os tumores primários da órbita, o acometimento orbitário por linfoma sistêmico ocorre em apenas 1,5% dos casos (2) . O caso aqui apresentado é de um portador de LNH sistêmico com acometimento orbitário bilateral, em que o diagnóstico da neoplasia foi feito a partir de sinais e sintomas oculares. RELATO DO CASOPaciente de 75 anos, masculino, branco, agricultor, compareceu ao Serviço de Oftalmologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) no ano de 2002, com queixa de lacrimejamento bilateral e bolsas de gordura proeminentes.Como antecedentes oculares, referia ter feito blefaroplastia inferior pelas bolsas proeminentes, sem melhora e dacriocistorrinostomia endonasal bilateral por duas vezes, continuando a apresentar epífora. O paciente O objetivo é relatar manifestação incomum de linfoma não-Hodgkin de órbita. Paciente masculino, de 75 anos, se apresentou com queixa de lacrimejamento crônico bilateral. Havia feito dacriocistorrinostomia endonasal à direita e à esquerda por duas vezes, sem sucesso. Ao exame, massas de consistência fibroelástica, em topografia das "bolsas" de gordura das pálpebras inferiores e proptose axial. O paciente negava outros sintomas ou sinais sistêmicos. Hemograma sem alteração, hormônios tireoidianos normais. A tomografia computadorizada mostrava infiltrado difuso na órbita e proptose axial. Biópsia de gordura orbitária e de medula óssea diagnosticaram linfoma não-Hodgkin. O paciente foi tratado com quimioterapia, sendo em seguida submetido à cirurgia da via lacrimal bilateral, com resolução do quadro. A doença sistêmica que exigia diagnós-tico e tratamento adequados para que se tivesse bom prognóstico estava mascarada pelo quadro de epífora bilateral. RESUMO RELATOS DE CASOS
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