Escherichia coli produtora da toxina Shiga (STEC) é um microrganismo agente de infecções de amplo espectro clínico incluindo desde quadros assintomáticos, casos diarreicos leves até doenças extra intestinais graves caracterizadas por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Além da produção de toxina Shiga, a expressão de intimina e a produção de enterohemolisinas são atributos de virulência também descritos no grupo patogênico. Ruminantes, especialmente bovinos, são reconhecidos como o principal reservatório das STEC e o manejo inadequado desses animais pode representar um risco de contágio e de disseminação desses patógenos. O estudo incluiu 301 isolados de E. coli obtidos de amostras fecais de bovinos, com e sem diarreia, de regiões agropecuárias brasileiras no Rio de Janeiro e em Rondônia. As amostras bacterianas foram caracterizadas quanto ao polimorfismo genético e a presença de marcadores genéticos codificadores de virulência e dos grupos antigênicos associados ao CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE AMOSTRAS DE escherichia coli CARREADORAS DOS GENES STX ISOLADAS DE BOVINOS DE REGIÕES AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS Capítulo 1 14 CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE AMOSTRAS DE Escherichia coli CARREADORAS DOS GENES STX ISOLADAS DE BOVINOS DE REGIÕES AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS patotipo. Ensaios moleculares revelaram que 55,5% (167/301) das amostras de E. coli foram carreadoras do gene stx, 36,2% (109/301) e 21,3% (64/301) dos genes eae+ e ehxA+, respectivamente. Dentre as STEC, 24 foram isoladas do Rio de Janeiro (14,4%, 24/167) e 143 de Rondônia (85,6%, 143/167). Treze genótipos de virulência foram observados: stx1 /stx2 /eae/ehxA, stx1 /stx2 / eae, stx1 /stx2 /ehxA, stx1 /stx2 , stx1 /eae/ehxA, stx1 /ehxA, stx1 , stx2 /eae/ehxA, stx2 /eae, stx2 /ehxA, stx2 , eae/ehxA e ehxA). 3,6% (6/167) e 93,4% (156/167) das STEC foram carreadoras dos genes rfbO113 e rfbO157+, respectivamente, sendo 64,1% desses rfbO157+h7+ (100/156). A tipagem da região LEE revelou os subtipos eaeα (3/109), eaeβ (6/109), eaeγ (4/109), tirα (2/109), tirβ (3/109), tirγ (3/109), espAα (3/109), espAβ (0/109), espAγ (0/109), espBα (1/109), espBβ (9/109) e espBγ (0/109). A filogrupagem classificou as STEC nos grupos A (44,9%), B1 (47,3%), D (6,6%) e B2 (1,2%). A tipagem pelo RAPD revelou uma ampla diversidade genética entre as STEC indicando constituir uma população bacteriana de origem não clonal. A elevada prevalência de STEC em bovinos clinicamente sadios confirma o seu papel como importantes reservatórios ambientais. A ampla circulação desses patógenos em animais de propriedades rurais, em especial, aquelas cujas condições de infraestrutura e boas práticas de manejo são insatisfatórias, representa um sério risco ambiental de concentração desses microrganismos, propiciando a exposição e a ocorrência de doenças e das demais manifestações clínicas relacionadas ao patógeno.
Escherichia coli produtora da toxina Shiga (STEC) é um microrganismo agente de infecções de amplo espectro clínico incluindo desde quadros assintomáticos, casos diarreicos leves até doenças extra intestinais graves caracterizadas por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Além da produção de shigatoxinas, a expressão de intimina e a produção de enterohemolisinas são atributos de virulência também descritos no grupo patogênico. Ruminantes, especialmente bovinos, são reconhecidos como o principal reservatório das STEC e o manejo inadequado desses animais pode representar um risco de contágio e de disseminação desses patógenos. O estudo incluiu 301 isolados de E. coli obtidos de amostras fecais de bovinos, com e sem diarreia, de regiões agropecuárias brasileiras no Rio de Janeiro e em Rondônia. As amostras bacterianas foram caracterizadas quanto ao polimorfismo genético e a presença de marcadores genéticos codificadores de virulência e dos grupos antigênicos associados ao patotipo. Ensaios moleculares revelaram que 55,5% (167/301) das amostras de E. coli foram carreadoras do gene stx, 36,2% (109/301) e 21,3% (64/301) dos genes eae+ e ehxA+, respectivamente. Dentre as STEC, 24 foram isoladas do Rio de Janeiro (14,4%, 24/167) e 143 de Rondônia (85,6%, 143/167). 13 genótipos de virulência foram observados: stx1 /stx2 /eae/ehxA, stx1 /stx2 /eae, stx1 /stx2 /ehxA, stx1 /stx2 , stx1 / eae/ehxA, stx1 /ehxA, stx1 , stx2 /eae/ehxA, stx2 /eae, stx2 /ehxA, stx2 , eae/ehxA e ehxA). 3,6% (6/167) e 93,4% (156/167) das STEC foram carreadoras dos genes rfbO113 e rfbO157+, respectivamente, sendo 64,1% desses rfbO157+h7+ (100/156). A tipagem da região LEE revelou os subtipos eaeα (3/109), eaeβ (6/109), eaeγ (4/109), tirα (2/109), tirβ (3/109), tirγ (3/109), espAα (3/109), espAβ (0/109), espAγ (0/109), espBα (1/109), espBβ (9/109) e espBγ (0/109). A filogrupagem classificou as STEC nos grupos A (44,9%), B1 (47,3%), D (6,6%) e B2 (1,2%). A tipagem pelo RAPD- revelou uma ampla diversidade genética entre as STEC indicando constituir uma população bacteriana de origem não clonal. A elevada prevalência de STEC em bovinos clinicamente sadios confirma o seu papel como importantes reservatórios ambientais. A ampla circulação desses patógenos em animais de propriedades rurais, em especial, aquelas cujas condições de infraestrutura e boas práticas de manejo são insatisfatórias, representa um sério risco ambiental de concentração desses microrganismos, propiciando a exposição e a ocorrência de doenças e das demais manifestações clínicas relacionadas ao patógeno. O estudo é dividido em duas partes, sendo que o primeiro capítulo apresenta os aspectos introdutórios e metodológicos e por meio do segundo são mostrados os resultados, discussão e conclusões.
Escherichia coli produtora da toxina Shiga (STEC) é um microrganismo agente de infecções de amplo espectro clínico incluindo desde quadros assintomáticos, casos diarreicos leves até doenças extra intestinais graves caracterizadas por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Além da produção de shigatoxinas, a expressão de intimina e a produção de enterohemolisinas são atributos de virulência também descritos no grupo patogênico. Ruminantes, especialmente bovinos, são reconhecidos como o principal reservatório das STEC e o manejo inadequado desses animais pode representar um risco de contágio e de disseminação desses patógenos. O estudo incluiu 301 isolados de E. coli obtidos de amostras fecais de bovinos, com e sem diarreia, de regiões agropecuárias brasileiras no Rio de Janeiro e em Rondônia. As amostras bacterianas foram caracterizadas quanto ao polimorfismo genético e a presença de marcadores genéticos codificadores de virulência e dos grupos antigênicos associados ao patotipo. Ensaios moleculares revelaram que 55,5% (167/301) das amostras de E. coli foram carreadoras do gene stx, 36,2% (109/301) e 21,3% (64/301) dos genes eae+ e ehxA+, respectivamente. Dentre as STEC, 24 foram isoladas do Rio de Janeiro (14,4%, 24/167) e 143 de Rondônia (85,6%, 143/167). 13 genótipos de virulência foram observados: stx1 /stx2 /eae/ehxA, stx1 /stx2 /eae, stx1 /stx2 /ehxA, stx1 /stx2 , stx1 / eae/ehxA, stx1 /ehxA, stx1 , stx2 /eae/ehxA, stx2 /eae, stx2 /ehxA, stx2 , eae/ehxA e ehxA). 3,6% (6/167) e 93,4% (156/167) das STEC foram carreadoras dos genes rfbO113 e rfbO157+, respectivamente, sendo 64,1% desses rfbO157+h7+ (100/156). A tipagem da região LEE revelou os subtipos eaeα (3/109), eaeβ (6/109), eaeγ (4/109), tirα (2/109), tirβ (3/109), tirγ (3/109), espAα (3/109), espAβ (0/109), espAγ (0/109), espBα (1/109), espBβ (9/109) e espBγ (0/109). A filogrupagem classificou as STEC nos grupos A (44,9%), B1 (47,3%), D (6,6%) e B2 (1,2%). A tipagem pelo RAPD- revelou uma ampla diversidade genética entre as STEC indicando constituir uma população bacteriana de origem não clonal. A elevada prevalência de STEC em bovinos clinicamente sadios confirma o seu papel como importantes reservatórios ambientais. A ampla circulação desses patógenos em animais de propriedades rurais, em especial, aquelas cujas condições de infraestrutura e boas práticas de manejo são insatisfatórias, representa um sério risco ambiental de concentração desses microrganismos, propiciando a exposição e a ocorrência de doenças e das demais manifestações clínicas relacionadas ao patógeno. O estudo é dividido em duas partes, sendo que o primeiro capítulo apresenta os aspectos introdutórios e metodológicos e por meio do segundo são mostrados os resultados, discussão e conclusões.
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