Introdução/Objetivo A vacinação em massa é uma ferramenta eficaz para o controle de doenças transmissíveis, conhecida de longa data. Diante da iminência de uma doença nova, de transmissão predominantemente respiratória, causada por um vírus que se disseminou rapidamente, esforços para descoberta e produção de vacinas foram estimulados pelo mundo. No Brasil, com a colaboração de instituições internacionais, duas vacinas foram liberadas inicialmente para uso emergencial pela ANVISA, são elas CORONAVAC (Butantan) e Oxford/ AstraZeneca (Fiocruz). Nosso objetivo foi avaliar a efetividade das vacinas em promover a redução do afastamento do trabalhador da saúde da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (SCMJF) pela COVID 19, após a vacinação em massa dos funcionários da instituição. Métodos Foram avaliados o número de afastamentos pela COVID19, confirmados laboratorialmente por RT PCR, no período de 01/03/2020 a 31/08/2021 na SCMJF, através de dados retroativos fornecidos pelo Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho (SESMT). Resultados a SCMJF é um hospital terciário, que possui aproximadamente 500 leitos SUS e convênios, com 2.465 funcionários ativos em regime de CLT e que promoveu a vacinação de 2.145 funcionários, que corresponde a aproximadamente 87% dos colaboradores CLT, com 2 doses de CORONAVAC no período de 28/01/2021 a 19/02/2021, na própria instituição. Nos meses de novembro 2020 a janeiro de 2021 tivemos o maior número de afastamento do trabalho pela COVID 19, totalizando 232 afastamentos (9,4% do total de funcionários), posteriormente nos meses de fevereiro, março e abril de 2021 foram 80 afastamentos (3,2%), em maio, junho e julho de 2021 foram afastados 49 funcionários (2%), já no mês de agosto de 2021 foram 11 trabalhadores afastados (0,4%), todos com confirmação laboratorial. Não houve óbito por causa relacionada a COVID 19 de trabalhadores vacinados de janeiro a agosto de 2021, exceto um funcionário que não trabalhava no setor de assistência direta a pacientes e optou por não ser vacinado. Conclusão Concluímos que após a vacinação houve redução evidente dos afastamentos do trabalho de funcionários da instituição pela COVID 19, ainda que a pandemia se mostrasse expressiva no Brasil e que as demais medidas relacionadas a prevenção da doença tenham sido, desde o início, estimuladas no hospital. Estes dados corroboram para mostrar a ação da vacinação no combate às doenças infecciosas.
Objective To characterize the epidemiological profile of patients aged 50 years or older diagnosed as HIV/AIDS, in a Specialized Service of the Public Health System. Methods A retrospective cohort study using secondary data from medical records in the period 2014 to 2018. Sociodemographic and clinical characteristics, and features related to treatment adherence were organized in a database. Quantitative variables were expressed as mean (or median) ± standard deviation (or interquartile range), and categorical variables expressed as number and percentage of patients. The Kaplan-Meier method was applied to assess the probability of overall specific survival. Results Of the 241 initially eligible patients, 149 patients were evaluated, registering 19 deaths in the studied period. There was a predominance of males aged 50-59 years, with severe immunodeficiency upon admission (29.7%), and with a CD4+ T lymphocyte count below 200 cells in 62 (46.3%) of patients. Elderly people aged 61 or over were more adherent. There was an increase in the CD4+ T lymphocyte count by an average of 139.63 in the first 6 months, and 50.51 from the first 6 months to 12 months of follow-up, with an average increase in the first 12 months of 157.63 cells. Specific overall survival in the period was 85%. Conclusion Patients older than 50 years had an immune response and no viral load detection in the 12-month period, deserving further studies to improve survival.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com COVID-19 que evoluíram para casos mais graves da doença e necessitaram de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Juiz de Fora – MG e correlacionar tais características com o desfecho clínico do paciente. Métodos: Trata-se de um estudo de natureza observacional e de tipologia transversal, em que foram analisados prontuários de pacientes com COVID-19 internados na UTI de um hospital de Juiz de Fora - MG, durante abril de 2020 a outubro de 2020. Resultados: Maiores taxas de internação foram verificadas no sexo masculino (62,7%) e a comorbidade mais frequentemente observada foi a hipertensão arterial sistêmica (67,3%). O teste qui-quadrado de independência mostrou que há associação entre óbito e a faixa etária do paciente. A presença de comorbidades não se mostrou como um fator preditivo para maior gravidade, visto que os testes de ANOVA não mostraram diferenças estatísticas significativas, sendo o tamanho amostral um importante fator limitante para essa análise. Conclusão: O maior risco de ocorrência de casos graves e de óbitos por COVID-19 foi observado em indíviduos idosos, o que posibilta o desenvolvimento de condutas profissionais adequadas para esse grupo específico, prevenindo desfechos desfavoráveis.
A epidemia de HIV/aids sofreu modificações em seu perfil, dentre os quais o fenômeno de envelhecimento. São referidos como idosos os indivíduos infectados com idade igual ou superior a 50 anos em razão de características clínicas e epidemiológicas que incluem um processo mais rápido de progressão para aids. Com o objetivo de caracterizar os perfis clínico epidemiológico e de adesão de pacientes diagnosticados com infecção pelo HIV com idade igual ou superior a 50 anos, foi desenvolvido um estudo de coorte retrospectiva em um Serviço de Atendimento Especializado público, utilizando dados de prontuários médicos nos anos de 2014 a 2018. Os dados referentes a questões sociodemográficas, de condições de saúde e estilo de vida, clínicos e relacionados ao tratamento foram organizados em um banco de dados. As variáveis quantitativas foram expressas como média (ou mediana) ± desvio padrão (ou distância interquartil) e as variáveis categóricas expressas como número e percentual de pacientes. As análises de associação foram realizadas através do teste do qui-quadrado. Foi determinada letalidade e mortalidade específica por aids e sobrevida global em 24 meses. Nível de significância adotado de 5%. 149 pacientes foram incluídos, com predomínio do sexo masculino (62,4%), faixa etária de 50 a 59 anos (65,8%), auto referidos como brancos (57,7%). Em 53,7% destes não houve finalização da educação fundamental ou eram analfabetos 29,5% dos pacientes foram considerados imunodeficientes graves e 23,5% portadores de grau moderado de imunodeficiência na admissão. Valores menores ou iguais a 200 células /mm3 na contagem de linfócitos T CD4 foram registrados em 46,3% da amostra. Configuraramse como aderentes 80 pacientes (56,7%) que realizaram 6 ou mais retiradas mensais nos primeiros 6 meses de tratamento e 81 (60%) dos usuários que tiveram mais de 11 retiradas aos 12 meses de seguimento. Destaca-se que a adesão foi significativamente maior entre os pacientes acima de 60 anos nos primeiros 12 meses. A recuperação imune, observada pelo incremento na contagem de células TCD4 ao longo do tempo, aumentou em média 139,63 nos primeiros 6 meses e 50,51 dos primeiros 6 meses a 12 meses de seguimento, com aumento médio nos primeiros 12 meses de 157,63 células, notando-se também diferença na contagem de células T CD4 segundo faixa etária, sendo encontrado em apenas 9,1% dos pacientes acima de 60 anos contagem superior a 500 células/mm3 após 6 meses de tratamento. Um total de 19 pacientes evoluíram a óbito no período analisado, resultando em letalidade por aids de 8%, mortalidade proporcional (considerando causas confirmadas) de 68% e sobrevida global em 24 meses de 84,1%. O atraso no diagnóstico implica em pacientes com doença avançada e impacto negativo no prognóstico. Os profissionais de saúde devem estar atentos às medidas de prevenção das infecções relacionadas à transmissão sexual em faixas etárias mais avançadas, e às necessidades específicas de cuidado com a saúde desse grupo, que requer a interseção da equipe multidisciplinar no fortalecimento de vínculo e manutenção do tratamento. Averiguar potenciais fatores de risco para a não adesão à terapia é essencial para o manejo satisfatório da doença nesta população.
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