RESUMO A queima das pontas das folhas da cebola, causada por Botrytis squamosa, é controlada por meio de pulverizações foliares com fungicidas seguindo um calendário fixo, sem considerar o progresso da doença. O regime de pulverização baseado em um sistema de previsão pode prever seu progresso e com isso possibilitar a redução do número de pulverizações e maximizar o controle da doença. Programas de pulverização foram baseados no sistema de Marcuzzo & Haveroth com valores de severidade estimada (SE) acumulado de 0,20, 0,25, e 0,30 comparados ao controle padrão (intervalo de pulverizações de 5 e 7 dias) nas safras agrícolas de 2017 e 2018. Com o objetivo de avaliar o progresso da queima das pontas sob os diferentes programas de fungicidas foi aplicada a técnica de modelagem estatística conhecida por modelos mistos. Estes modelos não incluem apenas os efeitos fixos, mas também os efeitos aleatórios para cada um dos indivíduos da população em estudo. A severidade acumulada da queima das pontas em função do tempo, nos cinco programas de pulverização foi calibrada com um modelo Gompertz ajustado pelo modelo misto e o efeito aleatório ajustado à assíntota superior. Este parâmetro representa o potencial de severidade da doença para cada um dos tratamentos. Como resultado da calibração do modelo, o tratamento com regime de pulverização com SE=0,30 com três e quatro pulverizações em cada ano não diferiu no controle e na produtividade do sistema convencional utilizado pelo produtor com a vantagem de reduzir o número de pulverizações e com a mesma eficiência do controle.
RESUMO A queima das pontas das folhas da cebola é controlada por meio de aplicação foliar com fungicidas seguindo um calendário fixo. Porém, o regime de aplicação baseado em um sistema de previsão, pode predizer e minimizar o progresso da doença. Como não se conhece o comportamento epidemiológico da doença nas condições do sul do Brasil, objetivou-se por meio desse trabalho, analisar a epidemiologia temporal da doença em diferentes regimes de aplicação de fungicidas. Em delineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições foram avaliados os regimes de aplicação baseado no sistema de Marcuzzo & Haveroth (2016) com valores diários de severidade estimada (SE) acumulado de 0,20, 0,25, e 0,30 comparados ao controle padrão (aplicação de fungicidas aos 5 e 7 dias). A avaliação da severidade da doença foi realizada semanalmente em dez plantas ao acaso previamente demarcadas em cada repetição. A curva de progresso da doença para cada um dos regimes foi ajustada ao modelo de Gompertz, já que a severidade observada correspondeu ao modelo e foi confirmada pela coerência entre os pontos estimados e pelo resíduo. Foi verificado que o regime de 7 dias apresentou a maior taxa (0,80283) de progresso, enquanto que SE=0,30 a menor (0,50526). Verificou-se que o regime com SE=0,30 apresentou o pico máximo da severidade com 46,4% e que o regime de 5 dias teve o menor acúmulo da doença com 27,7%. Os regimes de aplicação de fungicida não influenciaram no comportamento do progresso temporal da queima das pontas das folhas da cebola Empasc 352/Bola Precoce.
RESUMO Em experimento de campo nos anos de 2017 e 2018 quantificou-se a flutuação de conídios de Botrytis squamosa e sua relação com a severidade da queima das pontas das folhas da cebola. Sementes de cebola do cultivar Bola Precoce foram semeadas em oito repetições de 600 plantas. Os conídios foram coletados através de um coletor de esporos tipo “cata-vento”, contendo uma lâmina de microscópio untada com vaselina, a qual era quantificada semanalmente com auxílio de microscópio. A severidade da doença foi analisada através da porcentagem de área foliar afetada pela doença. O número de esporângios e a severidade da queima das pontas das folhas da cebola foram submetidos ao cálculo do coeficiente de correlação linear de Pearson (r). No ano de 2017 a coleta de conídios ocorreu posteriormente à constatação da doença, provavelmente devido haver baixo inóculo no ar. Já no ano de 2018 a coleta de conídios ocorreu concomitante à ocorrência da doença, porém de forma contínua e em maior quantidade, pressupondo que esses estavam no ar e foram capturados pelo coletor. A correlação entre as variáveis flutuações de conídios e a severidade da doença foi significativa, com r=0,674 e r=0,767 para os anos de 2017 e 2018 respectivamente. A severidade da queima das pontas das folhas em cebola é influenciada pela presença dos conídios coletados do ar.
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