OBJETIVO: avaliar os efeitos de um programa educativo e assistencial frente a reincidência de gestação em adolescentes. MÉTODOS: estudo descritivo e retrospectivo, realizado no setor de Planejamento Familiar da Universidade Federal de São Paulo a partir de dados coletados em 264 prontuários de adolescentes que tinham como antecedente ao menos uma gravidez anterior a matrícula. RESULTADOS: os dados revelam que a menarca ocorreu, em média, aos 12,2 anos, a sexarca aos 15 e a primeira gravidez um ano após. Ao se matricularem no programa 73,5% possuíam uma gestação e 2% duas. O condom e os hormonais foram os contraceptivos mais utilizados. A reincidência de gravidez foi observada em 4,9% das adolescentes. CONCLUSÕES Os dados encontrados reforçam a importância do oferecimento de programas de planejamento familiar, que englobem a educação e a assistência com oferta do método contraceptivo, voltados a adolescentes.

ResumoObjetivos: comparar a incidência de partos pré-termos e de recém-nascidos de baixo peso entre adolescentes primíparas de duas faixas etárias. Métodos: estudo clínico, comparativo e transversal, cuja amostra é composta por um universo de 522 adolescentes primíparas, cujos partos ocorreram com idade gestacional entre 25 e 42 semanas. Tais adolescentes foram divididas e avaliadas em dois grupos, de acordo com a faixa etária -Gprec: de 10 a 15 anos completos (n=104); Gtard: de 16 a 19 anos completos (n=418). Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de entrevista individualizada, sigilosa e ética, no puerpério imediato, e mediante questionário escrito, composto por perguntas em relação ao tempo de gestação em semanas completas e ao peso do recém-nascido. A idade gestacional foi calculada no dia do parto, de acordo com a data da última menstruação confi ável, sendo ainda confi rmada pela ultra-sonografi a mais precoce, de até 20 semanas, ou pelo índice de Capurro do recém-nascido, quando na dúvida dos parâmetros anteriormente descritos. Considerou-se pré-termo todo recém-nascido com menos de 37 semanas completas de idade gestacional no parto. Consideraram-se de baixo peso ao nascimento todos os recém-nascidos com menos de 2.500 gramas, sendo que o peso dos neonatos foi aferido pelo serviço de neonatologia logo após o parto. Dessa forma, comparamos a taxa de prematuridade e o baixo peso ao nascimento entre recém-nascidos de adolescentes puérperas primíparas. Para a análise estatística, foi empregado o teste χ² e, para as diferenças localizadas, teste da partição do χ². Adotou-se o nível de signifi cância de 0,05 (alfa=5%), de forma que níveis descritivos (p) inferiores a esse valor foram considerados signifi cantes. Resultados: a taxa de prematuridade não foi diferente entre os grupos da pesquisa (5,8 e 2,6%). A incidência de baixo peso ao nascimento no Gprec (13,5%) foi signifi cativamente maior em relação ao Gtard (3,1%). Conclusões: o grupo de adolescentes primíparas na faixa etária mais jovem (inferior a 15 anos) revelou-se de risco signifi cantemente maior para a ocorrência de RN de baixo peso. Não se verifi cou diferença signifi cante na incidência de partos pré-termos entre os grupos estudados. PALAVRA-CHAVE:Gravidez na adolescência; Prematuro; Recém-nascido de baixo peso Abstract Purpose: to compare the incidence of preterm deliveries, and of low birth weight newborns, among primiparous adolescents, from two age groups.Methods: this is a comparative, cross-sectional clinical study composed of 522 primiparous adolescents whose deliveries occurred at the gestational age of 25 to 42 weeks. The adolescents were divided into 2 groups according to their age; Gprec: from 10 to 15 complete years old (n=104); Gtard: from 16 to 19 complete years old (n=418). The research data were obtained by an individualized, confi dential and ethical interview, soon after delivery; and by a written questionnaire with questions about the gestational age in complete weeks, and about the newborns birth weight. The gestational ag...

Although most female kidney transplant recipients were sexually active both before and after transplantation, many were not counseled about the need for contraception and did not use any form of birth control. Health professionals involved in the management of these patients need to include contraceptive counseling as part of their routine care.

To evaluate the incidence of second malignant tumors in a cohort of subjects previously treated for childhood cancer, we analyzed data from the Off-Therapy Registry (OTR) of the Italian Association of Pediatric Hematology/Oncology, which collects information on children treated for Hodgkin's disease, non-Hodgkin's lymphoma, Wilms' tumor, acute lymphoblastic leukemia (ALL) and acute non-lymphatic leukemia and who had been removed from treatment in the absence of clinical signs of disease, i.e. the off-therapy stage. Second malignant tumors (SMT), diagnosed before December 31, 1988, were identified through a special enquiry to the 36 institutions cooperating in the registry. Observed cases were compared to expected numbers estimated from age- and sex-specific incidence rates derived from the Cancer Registry of the Province of Varese. In a total of 3,310 study subjects, 27 SMTs have been registered. The Cumulative Risk (CR) of SMT was 2.9% 15 years after the end of treatment and the Standard Incidence Ratio (SIR) was 10.8. The ALL sub-cohort had the highest risk of SMT (SIR 13.6) and 9 cases of CNS tumor occurred in this group (SIR 58.9). All 9 had received prophylactic cranial radiotherapy (CRT) and 5 had been treated on one protocol, characterized by low-dose intrathecal methotrexate (IT MTX) given monthly for 2 years after CRT. The Off-Therapy Registry has unique criteria for inclusion; direct comparisons with similar studies are therefore somewhat problematic. However, our data suggest that the risk of SMT in childhood ALL cancer survivors may be greater than previously reported, and that CNS tumors are the most common SMT in this group. The administration schedule of IT MTX may be an important risk factor.

A multicentric retrospective study on leukemic ophthalmopathy (LO) is reported, including 38 patients (21 males, 17 females) with acute leukemia (AL) observed from 1976 to 1985. LO developed in four patients at the time of diagnosis of AL; ten were in first complete remission (eight off therapy), 12 in second remission, and 12 in combined relapse. The children were treated according to different schedules of systemic and intrathecal chemotherapy with or without radiotherapy (RT) of the affected eye. Ocular remission occurred in 32 of 38 patients, but with subsequent ocular relapse in six of the 32. Complete remission after LO treatment lasting for more than 24, 30, 40, and 78 months was observed in four of the ten children with isolated LO in first AL marrow remission. The authors concluded that systemic and intrathecal chemotherapy probably is associated with RT (at least 30 Gy to the affected eye). Aggressive treatment is justified because children with isolated ocular relapse can still be cured.