Resumo: O preconceito contra os portadores de hanseníase persiste, ainda hoje, na sociedade. Este estudo objetiva discutir, sob a ótica das situações persistentes e da vulnerabilidade, preconceito e conhecimento sobre hanseníase por Agentes Comunitários de Saúde. Trata-se de um estudo transversal, observacional e analítico, que teve como cenários os territórios da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nos municípios de Pouso Alegre e Poços de Caldas. Foram entrevistados 153 sujeitos buscados nas Unidades Básicas de Saúde, sede de cada ESF. Utilizou-se de dois instrumentos para coleta de informações: um para dados sociodemográficos e outro que verificava preconceito, concepções e conhecimento sobre a doença. Realizou-se análise estatística pelo uso dos testes de Mann-Whitney e de Kruskall-Wallis. Por volta de 25% das respostas sobre conhecimento foram incorretas; 5% mostraram preconceito em todas as questões e 15% dos ACS afirmaram que nunca se relacionariam com hansenianos. Agentes comunitários de saúde sem filhos tinham menos preconceito do que os demais (p = 0,019), e os que atuavam entre 12 e 36 meses também eram os menos preconceituosos (p = 0,022). Os resultados obtidos indicaram a existência de preconceito em relação à hanseníase e a desinformação sobre aspectos importantes da doença. O agravo ocorre em população vulnerável e pode ser avaliado como uma situação persistente que não deveria acontecer até os dias de hoje. O desconhecimento e o preconceito contribuem para sua persistência. PalavRas-chave: Bioética. Preconceito. Hanseníase. Saúde Pública. Saúde da Família.abstRact: Prejudice against people having leprosy persists even today in society. The aim of this study is to discuss prejudice against and knowledge about leprosy by Communitarian Health Agents under the perspective of vulnerability and persistent situations. A cross-sectional, observational and individual study was developed in the territories where is set the family health strategy in the cities of Pouso Alegre and Poços de Caldas-MG. 153 workers were interviewed in Basic Health Units. Were used two instruments to collect information: one for social and demographic data and another who checked prejudice against, concepts about and knowledge on the disease. Statistical analysis was performed by using Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests. About 25% of responses were incorrect as regards knowledge; 5% showed prejudice in all matters approached, and 15% said they never would relate with people having leprosy. The communitarian health agents without children showed less prejudice than those having children (p = 0.019) and those who had worked from 12 to 36 months as agents showed less prejudice than those working for lesser periods (p = 0.022). The results obtained indicated the presence of prejudice and misinformation about important aspects of the disease. The disease affects mostly the vulnerable population and can be evaluated as a persistent situation that must not continue to happen until the present day. Lack of knowledge and prejudice co...
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