Artigos originais Resumo OBJETIVO: analisar a associação entre o estado nutricional pré-gestacional materno e os desfechos maternos-síndromes hipertensivas da gravidez, diabetes gestacional, deficiência de vitamina A e anemia-e do concepto-baixo peso ao nascer. MéTOdOs: estudo transversal, com 433 puérperas adultas (>20 anos), atendidas na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seus respectivos recém-nascidos. As informações foram coletadas em consulta a prontuários e entrevistas. O estado nutricional pré-gestacional materno foi definido por meio do índice de massa corporal pré-gestacional, segundo os pontos de corte para mulheres adultas da World Health Organization (WHO), em 1995. Estimou-se a associação entre os desfechos gestacionais e o estado nutricional pré-gestacional, por meio da odds ratio (OR) e intervalo de confiança (IC) de 95%. REsulTadOs: a freqüência de desvio ponderal pré-gestacional (baixo peso, sobrepeso e obesidade) foi de 31,6%. Considerando-se o estado nutricional pré-gestacional, aquelas com sobrepeso e obesidade apresentaram menor ganho ponderal do que as eutróficas e as com baixo peso (p<0,05). As mulheres com obesidade pré-gestacional apresentaram risco aumentado de desenvolver síndromes hipertensivas da gravidez (OR=6,3; IC95%=1,90-20,5) e aquelas com baixo peso pré-gestacional, maior chance de ter recém-nascidos com baixo peso ao nascer (OR=7,1; IC95%=1,9-27,5). Não foi evidenciada a associação entre estado nutricional pré-gestacional e o desenvolvimento de anemia, deficiência de vitamina A e diabetes gestacional. A média de ganho de peso entre as gestantes com sobrepeso e obesas foi significativamente menor, quando comparadas às eutróficas e às com baixo peso (p=0,002, p=0,049, p=0,002, p=0,009). COnClusõEs: a expressiva quantidade de mulheres com desvio ponderal pré-gestacional reforça a importância da orientação nutricional que favoreça o estado nutricional adequado e minimize os riscos de intercorrências maternas e do recém-nascido.
Objective: To estimate the frequency of anaemia in pregnant women before and after the fortification of flours with Fe. Design: Retrospective study developed from secondary data obtained from medical records. Setting: Two health units in Rio de Janeiro, Brazil. Subjects: Socio-economic, demographic, obstetric and Hb concentration data were collected of 778 pregnant women attending prenatal care. Two study groups were created: the first referred to the period before fortification (G1, n 391), including women whose parturition happened before June 2004; and the second referred to the period after fortification (G2, n 387), including women whose last menstrual cycle happened after June 2005. The Hb cut-off point adopted for anaemia diagnosis was ,11?0 g/dl. Results: In linear regression models, when Hb concentration was expressed as a dependent variable, women in G2 presented Hb concentration 0?26 g/dl and 0?36 g/dl higher during the second and third trimesters of pregnancy, respectively, compared with G1. In logistic regression models where the dependent variable was anaemia during the second and third trimesters, it was verified that being a member of G2 was a protective factor against anaemia in the third trimester. Regarding the presence of anaemia at any gestational moment, it was verified that being a member of G2 represented a protective factor against anaemia during pregnancy. Conclusions: Results indicate the protective effect of the fortification of flours with Fe in the fight against gestational anaemia, contributing to prevention and control of this nutritional disorder among pregnant women. Keywords Food fortification Iron Anaemia Gestation InterventionThe anaemia caused by Fe deficiency is considered the most common nutritional disorder worldwide, and affects children, pregnant women and women of childbearing age. Pregnancy is an important phase of risk for the development of Fe-deficiency anaemia, which is a public health problem due to its associated increased risks of perinatal morbidity and mortality (1) . Approximately 40 % of all maternal deaths during the perinatal period are related to anaemia. Unfavourable pregnancy outcomes occur 30-40 % more frequently among women with anaemia than among non-anaemic women and their babies get less than 50 % of the required Fe reserve, presenting higher risks of developing anaemia during their first year of life (2) . The global prevalence of anaemia in pregnant women is estimated at 41?8 %; in the Americas alone, this prevalence reaches 24 %. In Brazil, the prevalence of anaemia in pregnant women is about 29 % (3)
OBJETIVO: Avaliar a consistência dos dados obtidos no estudo Avaliação do impacto da assistência nutricional pré-natal no resultado obstétrico, por análise da confiabilidade das informações e perdas de seguimento ocorridas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de intervenção, prospectivo, em uma coorte de gestantes. O grupo pré-intervenção (GI) foi constituído de 225 puérperas adultas (1999-2001) e o grupo intervenção (GII), de 208 gestantes adultas (2005-2006) e seus respectivos recém-nascidos, atendidos em Maternidade Pública do Rio de Janeiro. Visando à padronização dos procedimentos de coleta de dados, os pesquisadores receberam treinamento, reciclagem e foram supervisionados. Além disso, elaborou-se um manual de instruções para consulta no trabalho de campo, foi feito um estudo piloto para testar os instrumentos; a análise da consistência dos dados foi semanal. Para avaliar a confiabilidade da obtenção das informações, foram aplicadas as estatísticas Kappa (k) e o Índice de Concordância Intraclasse (ICC). RESULTADOS: As perdas de seguimento do GII foram de 8,4%. Houve boa padronização dos procedimentos de obtenção das informações em ambos os grupos, com ICC>0,92 e k>0,65 no GI e, para o GII, ICC>0,94 e k>0,71. Destaca-se a alta concordância entre o peso pré-gestacional informado e o aferido no primeiro trimestre (ICC=0,961). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que as estratégias adotadas no presente estudo contribuíram para o baixo percentual de perdas de seguimento e garantia da qualidade dos dados, permitindo a reprodutibilidade dos resultados.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.