O objetivo do estudo foi traçar o perfil clínico-social das gestantes atendidas numa unidade docente-assistencial baseada no modelo de saúde da família. Foi realizado um estudo descritivo, para o qual se utilizaram prontuários e estabeleceram-se as seguintes variáveis: idade, grau de escolaridade, peso, altura, paridade, exames laboratoriais de pré-natal, doenças identificadas no pré-natal ou anteriores à gestação, tabagismo, alcoolismo, planejamento da gravidez, aceitação da gravidez, apoio familiar, apoio do companheiro e autoimagem. Foram avaliados 104 prontuários e a média de idade das pacientes era de 24,2±5,9 anos e a mediana de 24 anos. A pressão arterial (PA) tinha uma média de 105,9±11,2 mmHg na sistólica e 67,3±10,6 mmHg na diastólica. Quanto à vacinação antitetânica, em 44,2% dos prontuários não havia o registro sobre a sua realização. Dos prontuários que continham o registro, 41,4% das gestantes tinham sido vacinadas havia menos de cinco anos, 22,4% entre cinco e 10 anos e 36,2% havia mais de 10 anos. A urocultura foi positiva em 22,9%. A gravidez foi planejada por 25,3% das pacientes, 61,1% tinham medo do parto. Concluiu-se que a população tem características de baixo risco gestacional, mas está exposta ao risco de bacteriúria assintomática. A estrutura corporal está com parâmetros normais. Há falhas na vacinação antitetânica. A maior parte das gestações não foi planejada, as mulheres têm medo de apresentar problemas com o feto e têm medo do parto, contudo são apoiadas pela família.