RESUMO -O efeito do pH é um fator de grande importância nos processos de adsorção, e a caracterização dos materiais utilizados nesses processos é de extrema importância para se entender e buscar uma melhor eficiência. Por isso, o presente estudo teve como objetivo comparar a biomassa in natura de uva-doJapão (Hovenia dulcis Thunberg) e o bagaço de malte através do ponto de carga zero (pHPCZ). A uva-do-Japão foi colhida na fazenda experimental da UTFPR, câmpus Dois Vizinhos, e o bagaço de malte é proveniente da micro cervejaria Schaff Bier, localizada em Francisco Beltrão. Ambas as biomassas foram secas em estufa, moídas em moinho de facas e separadas por granulometria. Em seguida foram colocadas em Erlenmeyers com solução de NaCl 0,1 mol.L -1 , em pHs ajustados de 1 a 11, e mantidas em Shaker com agitação de 100 rpm, por tempo pré-determinado. O resultado foi calculado a partir da diferença das médias aritméticas dos pontos finais e iniciais. O pHPCZ encontrado para o bagaço de malte foi de 6,65 e para a biomassa de uva-do-Japão, de 6,00, ambos em torno da neutralidade, o que os torna úteis em processos tanto para corantes aniônicos, como para corantes catiônicos. Este fato também é vantajoso, tendo em vista que requer pouco ou nenhum ajuste de pH, o que pode encarecer e atrasar o processo. INTRODUÇÃOA técnica de adsorção é utilizada em processos de descontaminação de efluentes, onde o contaminante da fase liquida é adsorvido por um material adsorvente. O adsorvente mais utilizado é o carvão ativado, que possui boa capacidade adsorvente devido à área superficial, tamanho e volume dos poros. Porém, uma série de adsorventes alternativos vem sendo estudados, já que o custo do carvão ativado comercial é muito alto (Marín, 2015). Resíduos industriais como sabugo de milho, serragem e bagaço de cana-de-açúcar vem se destacando por apresentarem características semelhantes à do carvão comercial, além de um custo muito mais baixo (Rocha, 2012).Um dos fatores de maior importância nos processos de adsorção é o efeito do pH no meio. Esse fato interfere na capacidade adsortiva dos bioadsorventes, devido a competição existente por sítios ativos e espécies protônicas e os íons metálicos (Freitas, 2015).
RESUMO -Buscando analisar os efluentes das indústrias têxteis, o objetivo deste trabalho foi avaliar o bagaço de malte como adsorvente do corante azul de metileno. Foi feito um Planejamento Fatorial 2² onde foram estudadas diferentes granulometrias de bagaço de malte (20, 40 e 60 mesh) e pH da solução de corante (3,0, 6,0 e 9,0). Os resultados obtidos a partir do Planejamento Fatorial foram avaliados estatisticamente por análise de variância (ANOVA) e teste Tukey, de forma a identificar diferenças com significância estatística na porcentagem de remoção do corante azul de metileno e na quantidade de corante absorvida pelo bagaço de malte. Todos os experimentos resultaram em remoção acima de 90% de corante. Através do Teste de Tukey, observou-se que não houve diferença estatisticamente significativa na entre os pontos centrais (40 mesh; pH 6). A partir da curva de contorno, verifica-se que a maior remoção de azul de metileno ocorre utilizando granulometria maior e em pH acima da neutralidade. É possível verificar que a granulometria apresentou maior influência na remoção de corante do que pH, o que já havia sido comprovado na ANOVA. Os próximos estudos serão feitos com granulometria intermediária (40 mesh) e pH 6,65, definido anteriormente a partir da análise do ponto de carga zero do bagaço de malte. Este fato é vantajoso uma vez que a necessidade de ajuste de pH de um efluente demandaria de tempo e reagentes químicos que podem encarecer o processo.
RESUMO -Os corantes presentes nos efluentes das indústrias causam inúmeros danos ao ambiente onde é liberado. Desse modo, as indústrias buscam uma forma econômica e sustentável de fazer o tratamento de forma eficaz. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da temperatura na remoção do azul de metileno, considerado como adsorbato modelo, utilizando bagaço de malte in natura moído a 40 mesh. Utilizou-se a bagaço de malte na granulometria de 40 mesh. O experimento foi realizado nas temperaturas de 25, 35 e 45ºC e o pH da solução de corante foi de 6,65. Os resultados foram analisados estatisticamente por análise de variância (ANOVA) e teste Tukey, com teste de confiabilidade em torno de 95%. Observou-se que houve diferença estatisticamente significativa entre as diferentes temperaturas. Os experimentos conduzidos a 25°C e 35°C resultaram em remoção acima de 95% de corante, ao passo que à temperatura de 45ºC foi obtida uma remoção inferior. Isto demonstra que é possível obter uma remoção significativa nas temperaturas de 35°C e na temperatura ambiente de 25°C, possibilitando um custo menor para aplicações na remoção do corante. INTRODUÇÃOA presença de corantes nos corpos hídricos afeta a coloração da água resultando na redução da penetração de luz (Alkan et al., 2008), diminuindo assim a eficiência da fotossíntese em plantas aquáticas e, portanto, gerando um efeito adverso no seu crescimento (Al-Degs et al., 2000).As indústrias têxteis são as principais responsáveis pela presença de corantes no meio ambiente, visto que, mais de 60% dos corantes produzidos mundialmente são utilizados no beneficiamento têxtil e, deste total, em consequência das perdas do processo, mais da metade acaba sendo despejada em corpos d'água sem nenhum tipo de tratamento afirmou Khadhraoui et al., (2009). Oliveira et al. (2013 concluiu que apesar do azul de metileno não ser tóxico quanto à presença de metais pesados, a exposição aguda pode causar efeitos prejudiciais à saúde como aumento do batimento cardíaco, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia e necrose do tecido humano. Muitos métodos físicos e químicos são empregados para o tratamento de efluentes contendo corantes, tais como, adsorção, eletroquímica, precipitação, filtração, ozonização entre outros, sendo, no entanto, a adsorção o processo de tratamento mais utilizado.
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