O esôfago é responsável pelo simples e rápido deslocamento da ingesta desde a faringe até o estômago. Sua distribuição anatômica começa dorsalmente à laringe e segue sob a traqueia, desviando-se à esquerda para entrar na cavidade torácica. Nesta região, o esôfago passa pelo mediastino à direita da aorta, dorsalmente à base do coração, penetrando na cavidade abdominal através do hiato diafragmático presente no músculo diafragma (Fubini e Pease, 2004). Inúmeras são as enfermidades que podem comprometer a integridade desse segmento anatômico e alterar a dinâmica do sistema digestivo em ruminantes. São raras as descrições de megaesôfago, mas sabe-se que é o termo utilizado para designar a dilatação esofágica resultante de um esôfago com hipomotilidade ou aperistáltico, secundário a distúrbios neuromusculares, e com obstrução da luz esofagiana. A dilatação é resultante do acúmulo de alimento na luz do esôfago, sendo uma causa comum de regurgitação (Parish et al., 1996).Qualquer enfermidade que comprometa o reflexo nervoso controlador da deglutição ou que obstrua a luz esofagiana pode resultar em dilatação esofágica. Pode ser resultante de anormalidades no desenvolvimento da inervação esofágica ou pela persistência do quarto arco aórtico direito, ou ainda pela ausência de motilidade esofágica gerada por disfunção do nervo vago, que pode ocorrer devido a diversas enfermidades (Ramadan, 1993; Fubini e Pease, 2004).Com relação ao diagnóstico, as esofagiopatias podem ser diagnosticadas por meio de exames radiográficos, esofagoscopia e ultrassonografia, além da observação dos sinais clínicos. Técnicas como a fluoroscopia também podem ser úteis para esclarecer os distúrbios da motilidade. Segundo Ramadan (1993) e Fubini e Pease (2004), a esofagografia, simples e contrastada, é o exame de escolha para a avaliação de lesões ou desordens esofágicas em animais de produção.Poucos são os relatos na literatura sobre essa enfermidade. Já foram identificados alguns casos em caprinos (Ramadan, 1993;Parish et al., 1996), e até o momento, não existe descrição desse tipo de enfermidade em caprinos no Brasil. Relevante considerar que relatos de casos dessa enfermidade são importantes para se conhecer efetivamente a fisiopatologia e as consequências sobre a saúde animal, além da possibilidade de diagnóstico, considerando-se os recursos fornecidos pela imagem. Assim sendo, este trabalho teve o objetivo de descrever aspectos clínicos e procedimentos de diagnóstico de megaesôfago em caprinos por meio do esofagograma simples e contrastado.Foi atendido em Hospital Veterinário Escola um caprino, sem raça definida, fêmea, com
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