Apresentação do caso: Paciente de 40 anos, sexo feminino, natural do Rio de Janeiro, encaminhada para realizar endoscopia digestiva alta (EDA) devido à queixa principal de engasgos. Relato de disfagia para alimentos sólidos e, ocasionalmente, para líquidos, de longa data. Sem associação com perda de peso ou outros sinais e sintomas. À EDA, notava-se em esôfago, aos 18 cm dos incisivos, óstio ovalar com cerca de 8 mm de diâmetro com tunelização a montante, ultrapassado com nasoendoscópio, permitindo então sua avaliação. Ao final do lúmen acessório, em terço distal do esôfago, observou-se presença de projeção longitudinal de mucosa dividindo a luz do órgão em duas, permitindo a comunicação entre os lumens principal e acessório, com convergência na junção esofagogástrica. Realizada terapia endoscópica através de incisão longitudinal em cerca de 3/4 de trave mucosa, utilizando papilótomo de ponta, seguido da colocação de dois hemoclipes na porção distal da incisão para evitar reepitelização. EDA de controle realizada 1 mês após o procedimento demonstrou resolução de 3/4 da trave mucosa, com esôfago apresentando lúmen único até início do terço distal. A paciente apresentou resolução completa do sintoma após a terapia instituída. Discussão: As duplicações esofágicas correspondem a 15% das duplicações do trato gastrointestinal. 25 a 30% dos casos são diagnosticados em adultos. O sintoma mais comum é a disfagia, podendo também haver o diagnóstico incidental. Existem dois tipos: (1) Forma tubular: rara, pode se associar a outras alterações congênitas. A duplicação nesse caso pode se comunicar com o lúmen esofágico em uma, ambas ou nenhuma extremidade; (2) Forma cística: representa a segunda lesão submucosa benigna mais comum em esôfago, estando em 60% dos casos localizada em terço distal. A terapia cirúrgica é geralmente recomendada para pacientes com esse diagnóstico. Comentários finais: No presente caso, a paciente apresentava uma duplicação esofágica congênita do tipo tubular, com sintoma de disfagia associado. Foi decido por realização de terapia endoscópica, com objetivo de tornar a maior parte do esôfago em um único lúmen, sendo isto alcançado. A EDA de controle demonstrou bom resultado endoscópico, além de resolução clínica total. ABCDExpress 2017;1(2):762Codigo: 63915 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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