Nas últimas décadas, o aleitamento materno exclusivo (AME) no Brasil apresentou tendência ascendente, cujos principais ganhos foram observados entre 1986 e 2006, seguindo de uma estabilização em 2013 que foi de 36,6%. O presente estudo avaliou aspectos nutricionais de lactentes de 0 a 6 meses atendidos no Programa Mãe-Bebê. Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo. Foi utilizado banco de dados de puérperas e lactentes atendidos no Programa Mãe-Bebê, no período de março de 2016 até junho de 2018. Foram incluídos lactentes que receberam AME e/ou misto até o sexto mês de idade. A classificação do peso ao nascer e classificação do estado nutricional foi descrito através das curvas de crescimento de peso para o comprimento (P/C) e comprimento para idade (C/I), conforme preconizado pela OMS. A amostra foi composta por 79 lactentes e 34,2% foram amamentados exclusivamente. Ao correlacionar P/C com duração do AME não houve diferença significativa, contudo, 26,6% das crianças em AME foram classificadas eutróficos quando avaliado P/C aos 06 meses de idade, e 34,2% das crianças em AME até 180 dias estavam com comprimento adequado para a idade. Quando avaliamos o P/C observamos que 27,8% nasceram com risco para sobrepeso e após 06 meses de idade estavam classificadas em obesidade. Podemos concluir com este estudo que crianças amamentadas exclusivamente ao seio no primeiro semestre de vida apresentaram estado nutricional de eutrofia, evidenciando que o leite materno o alimento é ideal para o crescimento adequado nos seis primeiros meses de vida.
O estudo foi desenvolvido junto ao Projeto de Extensão Educar, da Universidade Feevale, vinculado ao Programa Mãe-bebê, que tem como objetivo promover ações de Educação Permanente em Saúde. O objetivo da pesquisa foi analisar as percepções dos participantes acerca da Educação Permanente online e suas contribuições no processo de trabalho no âmbito da saúde materno-infantil. O estudo caracterizou-se por uma pesquisa descritiva, quanti-qualitativa. Agentes Comunitários de Saúde e demais profissionais da saúde foram convidados a participar da capacitação online e síncrona intitulada “Um olhar no cuidado ao recém-nascido na visita domiciliar”. Ao final, 96 participantes foram convidados a responder um questionário. O estudo reforçou o papel da universidade e a contínua interlocução ensino-serviço e concluiu que as abordagens, mesmo que remotas, podem potencializar a comunicação das equipes, permitindo maior capilaridade e agilidade das informações e uma melhor interação de experiências.
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