RESUMO: Introdução: Padrões alimentares parecem predizer melhor o risco de doenças do que nutrientes ou alimentos isoladamente. Objetivo: Identificar padrões alimentares e fatores associados em mulheres adultas. Método: Estudo transversal, de base populacional, com 1.128mulheres, de 20 a 69 anos de idade, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário de frequência. Utilizou-se análise de componentes principais para identificação dos padrões alimentares. Razõesde prevalências brutas e ajustadas foram estimadas por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Foram identificados três padrões alimentares que explicaram 25,8% da variância total: saudável (frutas, vegetais e alimentos integrais); de risco (alimentos ultraprocessados); e brasileiro (arroz e feijão). Opadrão saudável apresentou o maior percentual de variância explicada (11,62%). A probabilidade de adesão ao padrão saudável aumentou linearmente com a idade e a escolaridade e foi maior em ex-fumantes (razão de prevalência - RP = 1,22; intervalo de 95% de confiança (IC95%) 1,04 - 1,42). Já mulheres mais jovens e com maior escolaridade tinham maior probabilidade de aderir ao padrão de risco. A probabilidade de adesão ao padrão brasileiro aumentou à medida que diminuiu a escolaridade e foi maior em mulheres de cor de pele não branca (RP = 1,29; IC95% 1,04 - 1,59). Conclusões: Enquanto a adesão aos padrões saudável e de risco comportou-se distintamente segundo a idade das mulheres, ela foi semelhante para a escolaridade. Já a adesão ao padrão brasileiro foi definida pelas condições socioeconômicas.
RESUMO Objetivo Avaliar o uso de medidas autorreferidas de peso e altura na avaliação do estado nutricional de trabalhadores de um frigorífico do Sul do Brasil. Métodos Foi conduzido um estudo transversal, com 902 trabalhadores com idade entre 18 e 50 anos. As variáveis so-ciodemográficas, assim como peso e altura autorreferidos foram obtidos por um questionário pré-testado e padronizado. Posteriormente, foram aferidos peso e altura, calculado o índice de massa corporal e classificado o estado nutricional. Foi utilizada a estatística de Bland-Altman para determinar as diferenças médias e os limites de concordância entre medidas autorreferidas e aferidas. O percentual de concordância na classificação do estado nutricional foi avaliado de acordo com o sexo, idade e escolaridade dos trabalhadores. Resultados A diferença média da altura autorreferida, em relação à aferida, foi de 0,55 cm (limite inferior; limite superior: -7,41; 6,29) (p<0,001) e o do índice de massa corporal foi - 0,14 (limite inferior; limite superior: -2,72; 2,99) (p=0,005). Com relação ao diagnóstico nutricional, o excesso de peso foi subestimado em 12,4% entre as mulheres, 9,6% entre os mais velhos (³32 anos) e 7,2% entre os menos escolarizados. Conclusão A utilização de medidas autorreferidas para avaliação do estado nutricional em trabalhadores deve ser realizada com atenção, principalmente em indivíduos cujos relatos têm a tendência ao erro, como mulheres e trabalhadores com maior idade e menor escolaridade.
Objective: This study aimed to investigate the association between dietary patterns and prevalence of multimorbidity in women.Methods: This population-based cross-sectional study was conducted in 2015 and included 1,128 women aged 20 to 69 years living in the urban area of São Leopoldo municipality, southern Brazil. Multimorbidity was defined as the presence of two or more chronic conditions, among the 26 identified. Poisson regression with robust variance was used to investigate the association between the three dietary patterns (healthy, risk, and Brazilian), using different models adjusted for sociodemographic, behavioral, and nutritional status variables.Results: The results showed differences in the prevalence of adherence to different dietary patterns and multimorbidity across age groups, with a prevalence of multimorbidity and a healthy dietary pattern showing a direct linear trend with age, whereas the risk dietary pattern showed an inverse linear trend with age. The prevalence of the Brazilian dietary pattern remained constant despite differences in age. After adjustment, we found that women with greater adherence to the Brazilian dietary pattern showed a 40% reduction in the prevalence of multimorbidity compared with those with less adherence (prevalence ratio, 0.60; 95% confidence interval, 0.40-0.86). Conclusion:The results revealed that the prevalence of multimorbidity was significantly lower in women with greater adherence to the Brazilian dietary pattern and highlight the importance of dietary interventions in early adulthood as a way to prevent multimorbidity in women.
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