O texto propõe uma discussão sobre a crise da borracha na Amazônia no início do século XX, defendendo a tese de que houve nesse processo uma conjunção de fatores internos e externos que levaram muitas empresas seringalistas ao processo de falência. Procurando debater com a historiografia especializada, o texto elege como fontes os processos judiciais de algumas empresas seringalistas que atuavam na cadeia de aviamento no Pará e, principalmente, no Acre.
Resumo. Este artigo tem como objetivo discutir as falas dos seringueiros sobre como chegaram ao vale do rio Acre e de que maneira tomaram parte nas lutas pela posse dessas terras, tratando de elaborar uma análise narrativa cujo fim é explorar um experimento da microhistória. Utilizou-se como base documental fichas historiográficas elaboradas pelo Instituto Histórico e Geográfico do Acre, que foram confrontadas com fontes complementares tais como relatórios governamentais, séries estatísticas e jornais. As posições desses trabalhadores lançam críticas a respeito dos seus patrões, os seringalistas, e os mundos dos trabalhos onde estavam envolvidos. Dessa forma, pretende-se ampliar os campos de investigações historiográficas sobre uma parte significativa da Amazônia brasileira. Palavras chave: Seringueiros; Acre; Microhistória.
RESUMO O artigo discute o panorama social dos homens, mulheres e crianças que ocuparam os vales dos rios Purus e Acre no início do século XX, abordando temas relativos à idade, raça e meios de resistência. A base documental é proveniente das fichas deixadas por esses trabalhadores junto ao Instituto Histórico e Geográfico do Acre, que estão sob a guarda da Universidade Federal do Acre. O método de exposição apresenta os dados seriais com narrativas de casos, aliando uma perspectiva micro-histórica para discutir os temas investigados. Assim, espera-se, como pano de fundo, enfrentar alguns silêncios da historiografia amazônica a respeito da expansão dos seringais nessa parte do Brasil, principalmente no uso insuficiente das fontes primárias para tratar desse assunto.
Esse artigo é um conjunto de propostas metodológicas para a grande área da Teoria da História, trazendo leituras possíveis de obras selecionadas do historiador João José Reis, que se dedica aos estudos das populações negras de Salvador no século XIX. O objetivo é fundamentar a ideia de que, a partir desse autor, podemos entender as noções de experiência social, sociabilidade, cotidiano, temporalidades e classe para que sejam compreendidas de maneira mais aberta, com múltiplas determinações, dedicando atenção especial aos indivíduos e suas intencionalidades. A investigação privilegiou um enfoque bibliográfico, levantando alguns livros do autor, artigos complementares e trabalhos que hora dialogam ou criticam as posições por ele defendidas. Em um primeiro momento busca-se entender as relações envolvendo experiência e sociabilidade, enfocando-se as questões que articulam indivíduo e sociedade. A seguir discute-se o foco das temporalidades possíveis e o cotidiano das pessoas, principalmente como esse debate pode caminhar para avaliações indeterminadas, mas ao mesmo tempo sem relativizações. Por fim, apontam-se algumas possibilidades a respeito da compreensão de classe em Reis, privilegiando-se o caráter construtivista do termo.
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