Between 1980 and 2010 there were 1 million homicides in Brazil. Dramatic increases in homicide rates followed rises in inequality, more young men in the population, greater availability of firearms, and increased drug use. Nevertheless, disarmament legislation may have helped reduce homicide rates in recent years. Despite its very high rate of lethal violence, Brazil appears to have similar levels of general criminal victimization as several other Latin American and North American countries. Brazil has lower rates of drug use compared to other countries such as the United States, but the prevalence of youth drug use in Brazil has increased substantially in recent years. Since 1990, the growth of the Brazilian prison population has been enormous, resulting in the fourth largest prison population in the world. Through a systematic review of the literature, we identified 10 studies assessing the prevalence of self-reported offending in Brazil and 9 studies examining risk factors. Levels of self-reported offending seem quite high among school students in Brazil. Individual and family-level risk factors identified in Brazil are very similar to those found in high-income countries.
INTRODUÇÃOEntender o que leva as pessoas a cometer crimes é uma tarefa árdua. Afinal, não há consenso sobre uma verdade universal (ainda que seja uma meia verdade temporária 1 ), mesmo que esta se refira a uma determinada cultura, em um dado momento histórico. Como explicar que em uma comunidade onde haja dois irmãos gêmeos, um deles enverede pela via do narcotráfico, ao passo que o outro prefira seguir o caminho da legalidade? 233 *Gostaríamos de deixar registrado nosso agradecimento ao professor Luiz Eduardo Soares pela generosidade em compartilhar tantos ensinamentos e pelos momentos felizes e intensos vividos na Coordenadoria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Agradecemos pela fraternal cooperação, aos amigos: Jacqueline Muniz, Julita Lemgruber, Silvia Ramos, Jairo Nicolau, Bárbara Musumeci, Leonarda Musumeci, Ignacio Cano, Túlio Kahn, Yolanda Catão, Roberto Kant de Lima e Claudio Beato. Nosso reconhecimento aos colegas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -IPEA pelas enriquecedoras discussões, em especial, a Sergei Soares, pelos sempre pertinentes comentá-rios, e a Roberto Martins, Ricardo Paes de Barros e Lauro Ramos, que tanto apoio deram aos primeiros passos dessa longa jornada de estudos em crime e segurança pública no Brasil. Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos dois pareceristas anôni-mos de Dados, que nos brindaram com valiosas e perspicazes sugestões que permitiram o aprimoramento deste trabalho.
Fundação pública vinculada ao Ministério da Economia, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais-possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros-e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos. 1. Nesse conceito, estão agrupadas as categorias agressões (110) e intervenções legais (112) da 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças adaptada à realidade brasileira (CID-BR-10), segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (SIM/SVS/MS).
O orçamento público em saúde era da ordem de 53 bilhões de Reais em 2003. Dentro desse orçamento, qual é a parcela referente ao tratamento de vítimas da violência? Devido às limitações dos dados disponíveis não é possível calcular diretamente essa parcela. Neste artigo propomos uma metodologia para estimar o custo da violência para o sistema público de saúde que utiliza informações do Sistema Único de Saúde, dos orçamentos estaduais e municipais e estimativas sobre a demanda por atendimento ambulatorial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Segundo nossos resultados, em 2004 o tratamento de vítimas de causas externas, de agressões e de acidentes de transporte teria custado ao setor público R$ 2,2 bilhões, R$ 119 milhões e R$ 453 milhões, respectivamente. Esses valores são cerca de quatro vezes maiores que aqueles verificados em trabalhos que computaram apenas os custos com internações.
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