Objetivo: Descrever aspectos epidemiológicos e a evolução da infecção pelo HIV entre povos indígenas da região sul do estado do Mato Grosso Sul. Método: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, realizado a partir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação dos anos 2005-2018. Dados de indivíduos com 13 anos ou mais, da população indígena assistida pelo Distrito Sanitário Especial Indígena do Polo Base de Japorã e diagnóstico de infecção pelo HIV/Aids, foram transferidos para uma planilha de comparação com sistema de informação local. Para o cálculo da prevalência e evolução de casos foi utilizado o número de casos novos anual de HIV/Aids. Resultados: Foram identificados 17 (65,4%) casos em mulheres, 13 (72,2%) entre 20-39 anos. Cinco (19,2%) evoluíram para Aids. As taxas de detecção do HIV/Aids, para os anos de 2016 e 2018 foram de 115.54 e 155.49 respectivamente. As taxas de prevalência do HIV apresentaram flutuações entre os anos 2016, 217 e 218. A aldeia Porto Lindo apresentou uma taxa de detecção de 59,878/100 mil habitantes, Yvykatu 400,802/100 mil habitantes e a Pyelito Kuê 602,409/100 mil habitantes. A taxa de óbito por Aids na aldeia Porto Lindo foi de 2,24/10 mil habitantes e no Yvykatu 40,08/10 mil habitantes. A taxa de abandono para a aldeia Porto Lindo foi de 6,73/10 mil habitantes. Conclusão: As taxas de detecção de HIV apresentaram tendência de crescimento no povo indígena estudado. É necessário que sejam realizados estudos para direcionamento de ações que impactem os indicadores de prevalência da infecção.
Objetivou-se descrever as internações por agrotóxicos registradas a um centro de informação e assistência toxicológica do Noroeste do Paraná, por meio de estudo transversal e retrospectivo, com dados da Relação de Pacientes Internados, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital Universitário Regional de Maringá. Foram identificados 170 indivíduos internados com intoxicação aguda ou crônica por agrotóxicos, nos meses de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Predominou a faixa etária de 15 a 45 anos - 117 casos (68,8%), no entanto foram encontrados 22 casos de crianças (12,9%) e 13 em idosos (7,6%). O sexo masculino representou 104 casos (61,2%). A tentativa de suicido aconteceu em 120 casos (70,6%) e o acidente individual em 41 (24,1%). Os agrotóxicos da classe toxicológica herbicida representaram 59 casos (35%), seguidos dos inseticidas piretróides - 35 (21%) e organofosforados - 25 (15%), mas não foram informados agentes tóxicos em 16 casos (9%). A média de internação hospitalar foi de 2,95% dias e cinco casos (2,9%) foram internados em unidade de terapia intensiva. A taxa de óbito para o total de casos foi de 3,5%, a maioria por suicídio. Os dados destacam a necessidade do desenvolvimento de estratégias preventivas para o enfrentamento da intoxicação por agrotóxicos e elaboração de intervenções para redução do número de internações, minimizando complicações e óbitos.
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