Resumo Resumo Resumo Resumo Resumo: O artigo discute as práticas e representações em torno do sagrado feminino, a partir de uma análise dos Círculos de Mulheres, espaços de comunhão onde se desenvolve uma sociabilidade feminina positiva, informada pela cosmovisão da religião Wicca, porém desprendida de uma religião em particular, já que a participação no círculo não é restrita a mulheres wiccanianas. A pesquisa se fundamenta em observação participante realizada junto aos rituais do Círculo de Mulheres Ísis-Afrodite em Belém, Pará. O artigo tem como objetivo descrever os significados atribuídos pelas participantes desse círculo aos aspectos relacionados ao feminino, como a menstruação, o cuidado e os trabalhos manuais Introdução Introdução Introdução Introdução IntroduçãoDurante séculos a cultura judaico-cristã estigmatizou o sangue menstrual como algo sujo, percebido como símbolo perigoso de um poder feminino que se desejava apagar. No entanto, nem sempre o sangue menstrual foi considerado símbolo de sujeira e fragilidade. Especula-se que na pré-história os aspectos ligados ao ciclo reprodutor feminino eram considerados um símbolo de poder. Por ser capaz de menstruar, sangrar sem morrer e dar à luz a uma nova vida, a mulher teria sido considerada como muito poderosa pelas culturas paleolíticas. 1 Testemunhos dessa suposta Era de Ouro da mulher poderiam ser encontrados nas estatuetas chamadas de "Vênus do Paleolítico" e no culto a inúmeras deusas da fertilidade dos povos agrícolas:Os historiadores culturais concordam que o período inicial da agricultura foi um tempo relativamente harmonioso. Predominavam os valores maternais, da 1 Para uma exploração detalhada desta perspectiva cf. os trabalhos de Monika Von KOSS (1999KOSS ( , 2004 432 Estudos Feministas, Florianópolis, 23(2): 431-449, maio-agosto/2015 DANIELA CORDOVIL terra e da fertilidade, compreendendo a comunidade humana que sua sobrevivência dependia de seguir o ritmo das estações e as leis naturais. A vida era compreendida como dádiva da terra, cujo ventre brotavam as plantas, nutridas pelas águas que jorravam do céu ou de suas próprias entranhas. Pela capacidade da fêmea de parir nova vida e nutri-la com leite que jorrava de seus seios, ela foi associada com a terra. Sendo que a vida de todos os seres dependia fundamentalmente dessa capacidade, a organização social desses povos girava em torno do valor maternal. 2 Por mais que a existência desse matriarcado seja controversa entre pesquisadores do campo da arqueologia, história e antropologia, o imaginário em torno da mulher como ser sagrado é largamente difundido entre certas correntes neoesotéricas e espiritualidades de Nova Era.Para as adeptas dessa espiritualidade, que se difundiu juntamente com a eclosão e fortalecimento do movimento feminista no Ocidente, a mulher deve resgatar o equilíbrio e a conexão com seu corpo, utilizando-o como veículo de ligação com sua espiritualidade. A Nova Era, 3 ou Era de Aquarius, seria um momento em que a humanidade chega aos limites da mentalidade patriarcal,...
This paper aims to discuss some of the recent questions concerning the promotion of public policies for Afro-Brazilian religions. To access to these policies, these groups have organized over the last few decades in the form of civil society associations and their leaders have attended many ministerial board meetings and committees. Because of this engagement, Afro-Brazilian religions were classified as "traditional terreiro peoples" and more recently received the label of "traditional peoples and communities of African origin." The paper analyses the various arguments underpinning the discursive construction of Afro-Brazilian religions as representatives of a black cultural heritage in Brazil.
Este artigo analisa a penetração de grupos e doutrinas religiosas ligados ao fenômeno da Nova Era na região metropolitana de Belém. Apesar de apontar a existência de grupos sem liderança fixa e de buscas individuais ecléticas, a pesquisa também discute a existência de um conjunto de religiões cujas doutrinas são inspiradas em paradigmas ligados à Nova Era, porém suas vivências dão forte ênfase ao elemento coletivo. Caracterizo esses grupos como Religiões de Nova Era, pois agregam os valores da Nova Era a um sentido de coletividade, construído a partir de padrões inscritos na modernidade. A penetração de Religiões de Nova Era em Belém indica uma maior pluralização do campo religioso na Amazônia, influenciado pelas novas possibilidades de vivências e de construções identitárias surgidas na modernidade.
Resumo Este artigo propõe uma análise do papel da sexualidade nas práticas da Wicca, religião neopagã surgida na Inglaterra entre 1940 e 1950. Atualmente, a Wicca é um movimento mundial multifacetado, que segue inúmeras vertentes. Esta pesquisa investiga concepções e práticas ligadas à sexualidade presentes entre grupos que praticam a Wicca publicamente em diversas capitais do Brasil. Esses grupos estão organizados em tradições (grupos religiosos com viés iniciático) que comandam associações civis com fins de resguardar direitos e promover eventos públicos para divulgação e troca de conhecimento entre praticantes da religião. Os resultados do estudo mostram que a Wicca postula uma relação intrínseca entre sexualidade, espiritualidade e liberdade, sendo suas práticas herdeiras de movimentos intelectuais diversos, como o esoterismo, a contracultura e a filosofia oriental.
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