INTRODUÇÃO:A hipotermia é um Diagnóstico de Enfermagem definido como temperatura do corpo abaixo da variação normal, no qual o corpo é incapaz de gerar calor suficiente para a realização das suas funções. O corpo humano perde calor naturalmente por diferentes maneiras: radiação, condução, convecção e evaporação. Esses fenômenos ocorrem em condutas tomadas rotineiramente em centro cirúrgico: antissepsia do sítio cirúrgico realizada com líquidos frios e com o paciente totalmente descoberto; administração endovenosa de infusões frias no transcorrer da cirurgia; inalação de gases frios; exposição do paciente a temperatura fria da sala de operação e abertura das cavidades abdominal e torácica. Além disso, os agentes anestésicos alteram o centro de termorregulação do hipotálamo. Durante a anestesia, o paciente não apresenta respostas de regulação térmica porque o reflexo está inibido, esse fator causa um dos desconfortos mais comuns em sala de recuperação pós anestésica, estando relacionado a diversos desfechos desfavoráveis e é comprovadamente um fator prolongador da permanência do paciente na sala de recuperação e que contribui para a morbidade no pós-operatório. OBJETIVOS: Descrever as medidas empregadas pela equipe de enfermagem na prevenção e manejo da hipotermia no período perioperatório. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado por enfermeiros do centro cirúrgico ambulatorial de um hospital de grande porte da região sul do Brasil. RESULTADOS: Os profissionais de enfermagem estão sempre atentos a educação continuada da equipe multidisciplinar , orientando o manejo mais adequado em sala cirúrgica, como: manter sempre que possível, o paciente coberto durante o procedimento e ou com manta térmica; infusões previamente aquecidas em estufas, assim como menor tempo possível de permanência do paciente em sala. CONCLUSÕES: A equipe de enfermagem realiza a prevenção e o manejo da hipotermia em todo período perioperatório, os quais podem ser realizados por meio de um conjunto simples de condutas e medidas que não implicam em custos demasiadamente elevados, uso de tecnologias avançadas ou alta carga de trabalho para os profissionais envolvidos. Sendo assim, podem ser incorporadas na rotina das equipes assistenciais, possibilitando qualificar a assistência de enfermagem prestada de maneira a contribuir para uma melhor experiência para o paciente cirúrgico.
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