Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresentam prevalência de desnutrição superior a 35% já no momento da admissão e, mesmo os pacientes críticos apresentando diagnóstico nutricional de eutrofia, após admissão hospitalar, podem desenvolver desnutrição calórica-proteica rapidamente. Tendo em vista as alterações e imprevistos que ocorrem na UTI com o paciente, influenciando na diminuição da oferta calórica-proteica e na correta administração da dieta enteral na UTI, bem como a necessidade de redução de custos e desperdícios, o objetivo dessa pesquisa é avaliar a adequação calórica-proteica entre Terapia Nutricional Enteral (TNE) de sistema fechado prescrita e administrada/infundida em pacientes críticos internados em uma UTI e verificar os principais motivos de desperdício das dietas enterais. Trata-se de uma pesquisa longitudinal, observacional e descritiva, realizada no Hospital Universitário, no município de Lagarto (HUL), durante um período de 30 dias durante o ano 2021. Foi realizado um levantamento de dados na UTI, que foi selecionada por apresentar o maior número de pacientes em uso de TNE de sistema fechado, tendo como público-alvo adultos e idosos em estado crítico. A maior parte dos pacientes foi internada por doenças infecciosas (29,4%), sendo que a principal razão para a indicação de TNE foram motivos neurológicos (64,7%). Em relação ao perfil nutricional dos pacientes, observou-se que 52,9% apresentaram baixo peso. Dentre os motivos para o desperdício das dietas enterais foram citados a instabilidade hemodinâmica e erro da bomba de infusão, mas na sua grande parte os profissionais não tinham informação sobre a causa.
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