Esta pesquisa discute o potencial pedagógico dos patrimônios geomorfológicos como espaços de formação cidadã, por se constituírem como locais acessíveis à construção e a difusão de conhecimentos nas diferentes fases educacionais. Neste sentido, como forma de usufruir das potencialidades formativas dos patrimônios geomorfológicos, propôs-se por meio de uma prática interdisciplinar entre Geografia e Arte, um estudo, in loco, no Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. O objetivo foi aprofundar os conhecimentos sobre formas de relevo e estrutura geológica da Terra, bem como, estimular o potencial artístico e criador dos estudantes, do sexto ano do ensino fundamental de um colégio em Londrina/Paraná, por meio da realização de vídeos e fotos. O Parque Estadual Vila Velha é constantemente visitado para este fim, visto que se trata de um sítio geológico, tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual em 1966. Como resultados, verificou-se como o parque, enquanto patrimônio geomorfológico, apresenta potencial para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental. O trabalho proporcionou uma percepção frente aos problemas ambientais da contemporaneidade, assim como, a sensibilização dos sujeitos para a temática ambiental. Conclui-se que a realização de trabalhos de campo com escolares em locais de geoconservação reverbera em aprendizado para a vida, uma vez que coloca os estudantes numa experiência direta com os locais visitados.
Qual o papel dos sujeitos no enfrentamento dos problemas ambientais vigentes? Qual a relação dos sujeitos com o meio em que vivem e o modo como cuidam desses ambientes? Tais indagações ressaltam o compromisso ambiental que deve ser inerente a todos, e por vezes, estimulam práticas capazes de minimizar impactos ambientais. A Semana do Meio Ambiente, frequentemente realizada nas instituições de educação básica, promovem espaços para tais reflexões, assim como estimulam atividades e ações de grande relevância ambiental. O presente ensaio visa propor uma reflexão acerca da importância da Semana do Meio Ambiente na promoção de momentos de discussão e reflexão acerca da crise ambiental e do compromisso individual e coletivo na reversão de atitudes que degradem o meio ambiente. As escolas apresentam-se como um ambiente frutífero para a incorporação de ações que visem o trabalho coletivo e o cuidado com o meio no qual se vive. Fazendo uso da metodologia de observação e participação, foi possível através do exemplo do Colégio Estadual Manuel Bandeira em Cambé, Paraná/PR, perceber como oficinas e debates acerca da questão ambiental, desencadeia ações mais sustentáveis, promovendo o cuidado com o ambiente escolar e com o mundo.
RESUMOPôr-se a caminho e percorrer novos lugares acrescem lugaridades ao indivíduo, expressas como as experiências acumuladas no decorrer da vida, ao se travar conhecimento com novos espaços. No entanto, migrar e deixar o lugar de origem tratase de uma questão ontológica, que atinge o sujeito em seu modo de ser e de sua identidade. O lugar, na perspectiva fenomenológica, é um espaço de significações, com o qual se constrói intimidade e se revelam as essências, por meio das experiências dos que o habitam. As geografias pessoais estão intimamente ligadas à identidade de lugar, assim, colocar-se a caminho e migrar, implica em um conflito de identidade, que atinge o indivíduo e o instiga a um caminhar pensante, pois a sua experiência vai além da percepção e dos sentidos. Nesse sentido, substanciado pela fenomenologia geográfica, esta pesquisa promove uma reflexão da relação lugar, personalidade e identidade, bem como das implicações de se deixar o lugar de origem, visto que o processo migratório enseja transformações no ser e em sua identidade.Palavras-chave: Lugar, identidade, fenomenologia. INTRODUÇÃOO objetivo deste texto é propor uma reflexão sobre o ato de migrar, ampliando o conceito deste para além do sentido de mudar de cidade, região, ou mesmo ir de um espaço a outro, em movimentos pendulares motivados por estudo e/ou trabalho. Buscase mostrar outras dimensões do processo migratório, tais como as implicações ontológicas do ato de migrar, ou seja, as percepções do ser com os espaços percorridos.Para tanto, o mesmo considera a migração em seu sentido espaço-existencial, no qual o indivíduo, se existente, ocupa um determinado espaço e deposita sobre ele uma história de vida. Como expressa Dal Gallo (2010), esta dimensão, espaço existencial, está no cerne das discussões reflexivas dos geógrafos humanistas, sendo considerada essencial para o entendimento do ser-no-mundo.O ser-no-mundo é uma condição existencial pelo espaço -temporal, que consiste nos laços intencionais e emocionais do indivíduo em direção a outros seres humanos e aos objetos que o circundam (MARANDOLA, 2008). Neste sentido, o homem nunca é visto separado do mundo, ele é e existe no mundo.O fato de existir -a condição existencial-garante ao homem experienciar diferentes locais, traçar suas lugaridades (HOLZER, 2014), criar sentimentos e significados para lugares. Como demostra Marandola (2005) a experiência e a existência são indissociáveis, e, por não se separarem, não se podem furtar a uma referência espacial.
ResumoO objetivo desta pesquisa é compreender a percepção e elaboração de sentidos sobre o lugar pelos jovens moradores de São Sebastião da Amoreira, município localizado no Norte do Paraná, cuja cidade é considerada de pequeno porte. Substanciada pela fenomenologia geográfica procura-se ampliar o debate sobre o papel da educação geográfica humanista para a valorização e o reconhecimento das diversidades e singularidades dos lugares. A técnica de pesquisa envolveu registros fotográficos e conversas informais com grupos de jovens. Ao confrontar elementos percebidos na realidade vivida pelos jovens com os conteúdos escolares sobre os lugares e lugaridades, constatamos o distanciamento e a necessidade de aproximação entre os mesmos.Palavras-chave: Percepção; Lugar; Juventude; Cidade Pequena; Educação Humanista.
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