No estado de Santa Catarina existe uma demanda crescente para a identificação de espécies depastagens perenes que possam atender às necessidades nutricionais dos rebanhos e que sejamadaptadas às condições edafoclimáticas das diferentes regiões. Entretanto, os estudos empastagens perenes de verão exóticas, ainda são escassos para a região do Planalto Serrano deSC, a qual apresenta características climáticas diferenciadas das demais regiões devido ao friointenso no inverno. Em virtude da carência dessas informações, muitos produtores da regiãodo Planalto Serrano Catarinense têm cultivado somente espécies forrageiras anuais de verãoque exigem preparo do solo e aquisição de sementes a cada safra agrícola. Diante dessasituação gerou-se a necessidade de estudos que comprovem ou não a adaptação de diferentesespécies gramíneas forrageiras perenes de verão no Planalto Serrano de SC. O experimentoconduzido em Otacílio Costa-SC, iniciou-se em setembro/2016, de início foram avaliadas oitoespécies perenes de verão, após as fortes geadas ocorridas em setembro/2018 algumasespécies não rebrotaram, sendo que a partir desse momento as espécies avaliadas foram: (a)Hemarthria altissima cv. Florida; (b) Cynodon dactylon cv. Jiggs; (c) Pennisetum purpureumcv. BRS Kurumi; (d) Missioneira gigante (cruzamento natural entre Axonopus jesuiticus eAxonopus scoparius); (e) Cynodon dactylon cv. Tifton 85. Nas faixas implantadas a partir dejunho de 2019 foram avaliados os tratamentos: (a) Sem sobressemeadura; (b) Comsobressemeadura do consórcio de aveia preta + azevém no inverno. A partir de setembro/2019foi realizada no tratamento “com sobressemeadura”, a avaliação da altura e taxa decrescimento da pastagem de inverno, posteriormente, nos períodos da primavera/verão/outonoda safra 2019/2020 foram feitas as avaliações da altura e taxa de crescimento das forrageirasperenes de verão nas parcelas com e sem sobressemeadura, utilizando-se uma régua paramedição da altura e também a realização de três cortes de forma aleatória por unidadeexperimental utilizando um quadro de metal de 0,25 m² e tesoura de poda para obtenção damassa verde, após isso, as amostras foram secas em estufa com ventilação forçada paraobtenção da massa seca da pastagem. Após cada avaliação, a área experimental foi pastejadapor bovinos de corte, para ter o efeito do pisoteio animal. Ao analisarmos os dados obtidosatravés dessas avaliações, verificamos que as espécies de pastagens perenes de verão que semostraram mais produtivas em áreas com uso de sobressemeadura de inverno foram o Tifton85, Jiggs e Hemarthria. Enquanto que, o Kurumi se mostrou produtivo nos meses mais quentes, contudo foi mais sensível às temperaturas amenas no fim do verão, reduzindo a suataxa de crescimento. A Missioneira Gigante foi a espécie menos produtiva, porém fazendo autilização da técnica de sobressemeadura foi possível aumentar em 3,8 toneladas por hectare aprodução anual de forragem em comparação a ausência de sobressemeadura. Assim osresultados da safra 2019/2020 mostram que a técnica de sobressemeadura com espécies deforrageiras de inverno possibilita aumentar a produção anual de forragem por hectare nasáreas de pastagens perenes de verão nas condições climáticas do Planalto SerranoCatarinense.
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