Resumo: Este artigo busca investigar possíveis significações da palavra “imagem”, que se depreendam dos textos de Deleuze sobre as artes, através de uma pesquisa filológica que respeita a cronologia de suas obras. Essa noção de imagem, fundamental para a Estética, aparece em seus comentários sobre Proust, o cinema, Bacon e Beckett, principalmente, seja com o uso do termo “imagem”, seja com os termos “signo” e “ideia”, àquele correlatos. Assim, verifica-se um vácuo na década de 70, de modo que, se a noção de signo é estudada na década anterior, ao tratar de Proust, e a de ideia, em Diferença e repetição, o tema “imagem” é retomado nas duas décadas subsequentes com toda a intensidade, ao abordar a pintura de Bacon, o universo cinematográfico e a obra teatral e televisiva de Beckett.
Na Genealogia da moral, Nietzsche define Napoleão Bonaparte como a síntese de Unmensch e Übermensch, isto é, como uma conjunção entre um não-homem, um inumano ou um monstro e um sobre-humano ou um além-do-homem. Investigaremos as observações de Nietzsche sobre o imperador francês, no intuito de esclarecer, por um lado, o conceito de Übermensch e, por outro, o significado do termo Unmensch.
Resumo: Analisaremos o sentido implícito no projeto nietzschiano do livro que teria como título "O novo Aufklärung", esboçado nos póstumos e nunca publicado, como sintoma da importante e enigmática relação de seu pensamento com os conceitos de "razão" e de "verdade". Nesse intento, será questionada a tentativa de divisão cronológica da obra de Nietzsche, na medida em que se mostrará que a honestidade é a marca central de seu pensamento desde os elogios abertos ao Aufklärung feitos na década de 1870 até a crítica e a completa omissão do nome do movimento cultural das Luzes nos escritos da década de 1880, que acompanham a reconceitualização da "razão" e da "verdade" realizada pela perspectiva axiológica da genealogia presente no pensamento de Nietzsche apenas no final de sua vida produtiva.
O objetivo do artigo é o de explorar o uso do termo “charlatanismo” e de suas variações durante a filosofia moderna. Através desse estudo histórico, delimitar-se-á um campo semântico que desvela questões estéticas ou retóricas que dizem respeito à construção do texto acadêmico. É ao problema do estilo, portanto, que se dá atenção, tomando-se o cuidado de sinalizar como suas versões pedantes podem prejudicar o projeto humanista de compartilhamento de conhecimento.
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