A presença de anticorpos neutralizantes contra o BHV-1, foi pesquisada pelo teste de soroneutralização (SN) em 2.341 soros, dos quais 747 apresentaram resultado positivo, representando 31,9% de bovinos infectados pelo BHV-1. Os soros foram enviados de 112 propriedades da Região Sul, sendo na maioria rebanhos de gado de corte com problemas reprodutivos. Foram detectados bovinos sorologicamente positivos em 80 propriedades, representando 71,3%, demonstrando a expressiva disseminação do vírus nos rebanhos desta região.
O vírus da leucose bovina (BLV) é o agente causal de duas condições clínicas relacionadas aos bovinos: o linfossarcorma, doença neoplásica comum no gado adulto, e linfocitose persistente, proliferação benigna das células linfóides. A identificação do BLV em 1969 e o subseqüente desenvolvimento de técnicas sorológicas sensíveis permitiram o reconhecimento da infecção como prevalente em muitos países, principalmente no gado leiteiro. Devido a inexistência de tratamento ou de uma vacina eficaz, as pesquisas concentram-se nos modos de transmissão e no desenvolvimento de programas de controle e prevenção da infecção. Este trabalho faz uma revisão bibliográfica sobre o BLV, incluindo modos de infecção, sinais clínicos e diagnóstico laboratorial, além de descrever medidas que o produtor deve seguir para prevenir ou controlar a disseminação do vírus no rebanho.
Foram avaliadas três alternativas de controle da infecção pelo vírus da Leucose Bovina: a) eliminação dos animais soropositivos: b) segregação dos animais soropositivos: c) manejo misto dos animais, com adoção de medidas recomendadas para evitar a transmissão do vírus. O primeiro teste sorológico realizado em oito propriedades leiteiras revelou a presença da infecção com índices que variaram entre 2,5% (1/40) e 58,1% (18/31). Duas propriedades com baixo nível de infecção inicial (<10%) optaram pela eliminação total dos animais positivos. Uma dessas propriedades apresentou resultados imediatos, com taxa de incidência nula (0/39) durante o período de doze meses, enquanto a outra, que não eliminou prontamente o animal positivo, apresentou incidência de 20,0% (3/15) no mesmo período. A eliminação dos animais reagentes, nas propriedades que apresentaram um baixo nível de infecção, demonstrou ser uma forma eficiente para a erradicação da infecção. A segregação dos animais soropositivos, com a formação de dois rebanhos, foi implantada em uma propriedade, onde apenas um animal soroconverteu durante o experimento, observando-se uma incidência de 4,5% (1/22) ao final do estudo. As propriedades que adotaram o programa de controle através do manejo misto de animais infectados e não infectados apresentaram resultados muito variados, demostrando índices de soroconversão entre 2,6% (1/38) a 50,0% (4/8), indicando que esse tipo de controle necessitaria de um tempo maior para alcançar os objetivos. Foi possível a obtenção de descendentes soronegativos através da substituição ou motivação pelo calor do leite materno administrado aos torneiros. A redução dos níveis de infecção em um rebanho, sem a necessidade do descarte imediato dos animais infectados, é possível a partir da substituição de ventres pelas novilhas da própria granja.
Quatro vacinas inativadas, produzidas com uma amostra do herpesvírus bovino tipo 5 ( BHV-5) isolada de um surto de meningoencefalite no Rio Grande do Sul, foram administradas em quarenta bovinos visando a avaliar a sua capacidade imunogênica. As vacinas A e B foram formuladas com adjuvante oleoso e as vacinas C e D com hidróxido de alumínio [ Al2 (OH)3] . O título da suspensão viral utilizada nas vacinas foi de 10(7,5) DICT 50 / 25miL. Immunostin®, um imunoestimulante derivado de Mycobacterium, foi adicionado às vacinas B e D. Após receberem três doses de vacina com intervalos de 30 dias, somente os animais dos grupos A (90%) e B (100%) desenvolveram uma resposta sorológica significativa. As respostas sorológicas às vacinas A e B foram ajustadas por regressão linear, demonstrando que os títulos de anticorpos aumentaram significativamente à medida que foram repetindo-se as aplicações das vacinas. O Immunostin® potencializou a capacidade imunogênica da vacina D mas, aparentemente, não foi eficiente na vacina B. Concluiu-se que as vacinas inativadas, produzidas a partir de suspensões virais de BHV-5 com títulos altos e com adjuvante oleoso induzem a produção de níveis consideráveis de anticorpos neutralizantes em mais de 80% dos animais vacinados após a terceira dose.
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