Resumo Este estudo objetivou investigar a ocupação de uma mulher que se tornou mãe de um bebê pré-termo, vivenciando, um mês após a alta hospitalar, o óbito do filho. Trata-se de um estudo qualitativo, cujo delineamento foi o Estudo de Caso, ancorado no referencial teórico do Modelo de Ocupação Humana. Os dados foram coletados por meio da aplicação do instrumento Diário de Ocupações (DO) e da realização de duas entrevistas semiestruturadas, uma delas realizada na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal e outra no contexto domiciliar. Os dados do DO foram organizados descritivamente e as entrevistas foram transcritas e, posteriormente, analisadas por meio da Análise de Conteúdo Temática. Observa-se que a construção da identidade ocupacional materna ocorreu de forma gradativa e relacionada à condição clínica do filho. Como categorias analíticas, emergiram dois temas: “Hospitalização do bebê pré-termo: um novo, desconhecido e amedrontador contexto para a futura e nova mãe” e “A morte e o processo de luto materno: como continuar a viver após o óbito do filho”. Discute-se que se tornar mãe de um bebê pré-termo desvela mudanças na rotina que demanda a permanência em um ambiente hospitalar. Ademais, que a necessidade de enfrentar o luto se configurou como um novo e complexo desafio, uma vez que o processo da identidade materna foi interrompido ao vivenciar a perda inesperada do bebê. Pesquisas que abordem as ocupações de mães de bebês pré-termos são relevantes para a prática da terapia ocupacional, pois permitem conhecer a construção da identidade materna no contexto do nascimento de risco, e, ainda, como lidar com o pesar associado ao luto materno.
Objetivo: caracterizar as práticas dos terapeutas ocupacionais em unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. Método: estudo quanti-qualitativo, realizado em 2017, com coleta de dados através de questionário online com terapeutas ocupacionais que atuavam com cuidados intensivos. A interpretação foi realizada por meio de estatística descritiva simples e análise temática. Resultados: participaram 15 terapeutas ocupacionais, com pós-graduação; do sexo feminino; com idades entre 24 a 60 anos; com média de 28 anos; a média de tempo de trabalho em ambiente hospitalar e de terapia intensiva ultrapassou a quatro anos. Emergiram quatro categorias: Ações do Terapeuta Ocupacional em UTI; Recursos e técnicas utilizados pelo Terapeuta Ocupacional em UTI; Capacitação dos Terapeutas Ocupacionais para atuar em uma UTI; e Percepções do Terapeuta Ocupacional relacionadas a rotina da UTI e reconhecimento da equipe. As ações concentraram-se em intervenções físicas e cognitivas e orientação aos familiares e pacientes. Conclusão: É necessário ampliar e aprofundar os estudos sobre o trabalho desenvolvido por terapeutas ocupacionais nas unidades de terapia intensiva, visando a criação e o estabelecimento de indicadores que favoreçam a qualificação e consolidação profissional.
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