Esta pesquisa discute sobre o protagonismo enquanto envolvimento nas atividades cotidianas de crianças com atraso no desenvolvimento infantil. Destinaram-se como objetivos pesquisar sobre o protagonismo e participação de crianças com atraso no desenvolvimento infantil e entender como se estabelece a relação cuidador-criança no dia a dia e investigar quais os possíveis obstáculos para o envolvimento da criança nas atividades do cotidiano. Esse estudo possuiu caráter qualitativo que utilizou como instrumento a entrevista semiestruturada a qual foi empregada com 9 cuidadores de crianças atendidas por profissionais do Centro Especializado em Reabilitação II de Taguatinga-DF. Como resultado foi observado que os cuidadores demonstraram, em sua maioria, comprometimento em oportunizar a participação e reconhecer as crianças como protagonistas no cotidiano. No entanto, fatores relacionados ao atraso no desenvolvimento foram apontados como barreiras no desempenho e envolvimento das crianças em atividades do cotidiano como a comunicação, aspectos emocionais e interação social.

O presente estudo descritivo busca relatar a vivência de residentes do Programa de Residência em Saúde Mental Infantojuvenil em um Centro de Atenção Psicossocial da Infância (CAPSi DF) no contexto de pandemia relacionado ao novo coronavírus (COVID -19). Considerando as orientações da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e os planos de contingenciamento do governo local, as ações de reabilitação psicossocial em saúde mental Infantojuvenil passaram adaptações. Recorreu-se a uma metodologia qualitativa ancorada na atenção psicossocial, princípios norteadores dos CAPS, reforma psiquiátrica e na literatura sobre loucura, cultura e sociedade para promover uma reflexão crítica sobre a necessária tarefa de sustentar a lógica da atenção psicossocial em tempos de isolamento social e agravamento dos riscos à saúde mental das crianças e dos adolescentes.