Cereus jamacaru DC é uma cactácea típica da Caatinga, com importância para a sustentabilidade e conservação deste bioma, e muito explorada para uso ornamental e forrageiro. O cultivo in vitro é uma ferramenta biotecnológica que vem sendo aplicada para a germinação, multiplicação e conservação de diferentes espécies de cactáceas nativas, porém, é uma técnica onerosa, que pode ter seus custos reduzidos pela modificação de alguns fatores, como o meio de cultura. Esse trabalho objetivou avaliar a germinação in vitro e a micropropagação de Cereus jamacaru, utilizando diferentes meios de cultura, citocininas e fontes de luz. O experimento foi conduzido no Laboratório de cultivo in vitro de plantas do INSA e ocorreu em duas etapas: na germinação in vitro e desenvolvimento inicial das plântulas foram usados meios de cultura simplificados (½ CK e CK), compostos pelos fertilizantes Calcinit e Kristalon, e duas diferentes fontes de luz (fluorescente e LED), enquanto na micropropagação foi utilizado o meio de cultura CAC suplementado com 2 mg L-1 das citocininas BAP, KIN, TOP e TDZ. Os resultados mostraram que o tratamento LED + ½ CK apresentou o maior percentual de germinação (83%) e que as lâmpadas de LED propiciaram um melhor desenvolvimento das plântulas quando comparadas ao uso de fluorescentes; no entanto, a fonte de luz não interferiu na taxa de sobrevivência das plantas, que foi de 100% em ambos os tratamentos, após 30 dias de aclimatização. Para a etapa de multiplicação, o meio adicionado de BAP induziu a formação média de 4,3 brotos por explante inoculado, seguido por TOP (3,1), KIN (2,5) e TDZ (0,9). Contudo, a altura das brotações foi inversamente proporcional ao número de brotos. Diante do exposto, os meios de cultura simplificados podem ser utilizados para o cultivo in vitro de mandacaru.