Supõe-se que a chegada do mundo ocidental à Mesoamérica significou uma mudança cultural, refletida na transformação dos inventários de artefatos nas comunidades. No entanto, a persistência no uso de materiais como o lítico e o cerâmico, apesar de possuírem outras opções tecnológicas, permitem intuir processos de longo prazo na apropriação do meio ambiente e condições socioeconômicas. O presente trabalho mostra o uso combinado de materiais pré-hispânicos e coloniais em um pequeno assentamento pós-clássico na Bacia do México, onde parece que a presença de uma mudança tecnológica nos materiais arqueológicos não significou uma mudança cultural, apesar de estar localizada na transição do período pré-hispânico para a colônia.

This chapter presents a critical review of the settlement patterns recognized to date in relation to the occupation of Pre-Hispanic groups in the central–west region of the modern state of Durango in northwestern Mexico. It also proposes visualizing settlement patterns in the region through the perspective of landscape archaeology, in which distribution over a given landscape may be viewed as part of a society’s power strategies. To that end, it employs spatial analysis to critically examine a series of settlements that pertain to the Chalchihuites culture between AD 550–1250 in the Santiago Bayacora River Basin. Results suggest that Chalchihuites groups may have shared a system of knowledge–power with the rest of Mesoamerica, but that their physical landscape was distinct, and therefore the ways in which these groups appropriated the landscape differed. The chapter concludes by suggesting that the logic that dominates our interpretations of Mesoamerican settlements needs rethinking in northwestern Mexico.

En las distintas ciencias sociales, la narrativa que genera un autor es significativa, pues, ésta determina en buena medida el entendimiento sobre un tema en particular, sin embargo, en la arqueología ha sido un tópico poco atendido. La generación del conocimiento tiene un impacto en la sociedad que lo recibe independiente de si el autor está consciente o no. Phil Weigand generó un tipo de discurso que ha sido apropiado por la comunidad académica, los políticos y el público en general, de distintas maneras, en distintos grados y para distintos fines, es parte ya del corpus de conocimiento sobre el pasado prehispánico del Occidente. Deconstruir este discurso nos puede acercar a entender sus partes componentes y a resignificarlas en discursos coherentes con las percepciones teóricas actuales.