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INTRODUÇÃO:A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado obrigatoriamente pela presença de delírios e alucinações. No entanto, é possível observar sintomas como comportamento motor desorganizado levando a prejuízos na execução dos movimentos como equilíbrio e marcha. A fisioterapia busca melhorar as capacidades físicas e mentais a fim de promover mobilidade e funcionalidade por meio de exercícios. Neste cenário, os movimentos de dissociação de cintura implementados em exercícios de dupla-tarefa devem ser incentivados para promoção de mobilidade e funcionalidade desses indivíduos. OBJETIVOS: Descrever o efeito dos exercícios em dupla-tarefa na mobilidade e funcionalidade de um idoso com Esquizofrenia. METODOLOGIA: Trata-se do relato de experiência de um paciente do sexo masculino, 78 anos, com Esquizofrênia e em uso de Risperidona, encaminhado a fisioterapia do Centro de Referência à Saúde do Idoso Eny Faria de Oliveira -CRASI com diminuição da flexibilidade global, marcha em bloco, dificuldade de associação de movimentos, fraqueza muscular global e instabilidade postural. A avaliação funcional foi realizada pelo Sênior Fitness Test e para o rastreamento da vulnerabilidade foi utilizado o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20). Os testes foram realizados em 3 tempos: antes (T0), após 12 (T1) e 24 atendimentos de fisioterapia (T2), com 50 minutos de duração, 2 a 3x/semana, contemplando exercícios de dupla-tarefa (tarefa motora associado a tarefa cognitiva) com ênfase da tarefa motora em movimentos de dissociação pélvica. RESULTADOS: No Sênior Fitness Test foram observadas evoluções no Teste de marcha estacionária (T0: 30 repetições, T1: 45 repetições e T2: 73 repetições), no Teste de Sentar e Levantar (T0: 8 repetições, T1: 11 repetições e T2: 12 repetições) e no Teste Time up and Go (T0: 14 segundos T1: 13 e T2: 11 segundos). Os resultados encontrados apresentam melhora da resistência muscular, da força muscular de membros inferiores e da velocidade da marcha. O que reflete na manutenção do equilíbrio e da mobilidade. CONCLUSÃO: De acordo com o estudo foi possível observar que os exercícios de dissociação pélvica em dupla-tarefa realizados fisioterapia promoveram melhora da mobilidade e funcionalidade do paciente, com melhora do comportamento motor e diminuição da vulnerabilidade.