RESUMOApós o acidente do Blowout de Macondo, no Golfo do México, que culminou com o afundamento da plataforma Deepwater Horizon e a morte de 11 pessoas, a legislação que envolve a segurança de poço passou a sofrer mudanças, em especial as relacionadas com Blowout Preventer (BOP). O BOP é um equipamento essencial para a segurança da perfuração, completação e intervenção do poço. Tem como função conter os fluidos da formação, com ou sem ferramentas em seu interior. Para isso, conta com corpo e conectores resistentes a pressão, bem como preventores capazes de vedar e fechar o poço mediante a necessidade. A fim de garantir seu bom funcionamento, o BOP é submetido a políticas de testes durante toda a sua vida útil. Estes testes permitem antever alguns modos de falha e, com isso, prevenir a sua ocorrência em momento indesejável durante a operação. Diferentes políticas de teste são propostas por normas internacionais, tais como API 53, BSEE 250.537 e NORSOK D-010. Dada a sua relação com a disponibilidade do BOP durante a operação, é de interesse avaliar o impacto da frequência de teste no desempenho deste equipamento. Uma limitação notável das abordagens atualmente utilizadas para avaliação de risco nas operações com BOP reside na ausência de dinamicidade destes modelos, o que limita a sua aplicação para a consideração de eventos temporais como testes e manutenções. Com o intuito de avançar na direção de avaliar o impacto da frequência de testes na disponibilidade do BOP, este trabalho aplica um modelo markoviano multifásico, apropriado para lidar com as características dinâmicas necessárias. Como objeto de aplicação, será analisado um circuito de acionamento de um preventor anular.Palavras-chave: Blowout Preventer (BOP), disponibilidade, frequência de testes, gestão da manutenção, modelo markoviano multifásico.