Aos meus pais, Maria Aparecida e Sebastião, por simplesmente tudo que já realizei nesta vida. A Deus, pelas oportunidades que me foram concedidas. Ao meu orientador, o professor Ivã Carlos Lopes, pela paciência, confiança e apoio, desde o início da minha pesquisa de Iniciação Científica. Aos amigos Clarissa Mariano e Edison Gomes Júnior, pela amizade, companheirismo, paciência e incentivo, desde a graduação. Aos amigos do GES-USP, que me ouviram e me animaram em momentos de incerteza. Ao professor Waldir Beividas, por te me "adotado" durante a ausência do professor Ivã. À professora Norma Discini, pela leitura atenta do relatório de qualificação. Ao professor Antonio Vicente Pietroforte, que despertou meu interesse pela semiótica (ainda no início da graduação), pela leitura do relatório de qualificação e incentivo. À Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, pela oportunidade da realização da Pós-Graduação. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela bolsa concedida para a realização deste trabalho. Ao poeta Paulo Henriques Britto, pela prontidão e gentileza com que respondeu aos meus e-mails. 1990, 2004, s.d.), com seus estudos sobre análises estruturais e gramaticais de poesia. Ademais, percorremos alguns estudos de semioticistas, principalmente aqueles presentes em Ensaios de Semiótica Poética, coletânea organizada por Greimas (1975). Importante foi, ainda, a leitura de textos do campo da semiótica tensiva. Em todas as análises realizadas, foi dada bastante atenção ao plano da expressão, procurando mostrar como se dá a sua construção e, sempre que possível, qual é sua relação com o plano do conteúdo. O corpus selecionado para nossa pesquisa é composto por cinco poemas de Paulo Henriques Britto. São eles:
Resumo: Poeta, prosador, tradutor renomado e professor de literatura, Paulo Henriques Britto faz parte da chamada "literatura brasileira contemporânea". No poema que aqui analisamos, cujo título é "Para um monumento ao antidepressivo", e que está publicado no livro Tarde (2007), Britto presta uma homenagem ao poeta João Cabral de Melo Neto, ao retomar o poema "Num monumento à aspirina", integrante do livro A educação pela pedra (1966). O objetivo de nosso trabalho é realizar a análise do poema de Britto, com base nos conceitos da semiótica greimasiana, observando de que modo ocorre a intertextualidade, que pode ser percebida não apenas pelo título dos poemas, mas também pela figura do "sol" portátil que é associada a medicamentos em ambos os textos. O poema de Britto configura um exemplo de intertextualidade que podemos chamar de "condensação" (Lopes, 2003, p. 70). Procuramos, ainda, reconhecer a organização do plano da expressão, com suas equivalências e descontinuidades, bem como suas relações com o plano do conteúdo. Apesar do crescimento considerável dos estudos semióticos, ainda são relativamente poucas as análises de textos literários que se valem desse instrumental teórico tão proveitoso. Assim, nosso trabalho se justifica ao contribuir para a expansão dos estudos semióticos de poesia. O s versos na epígrafe são do poema "Num monumento à aspirina", integrante do livro A educação pela pedra, de João Cabral de Melo Neto. Paulo Henriques Britto, poeta brasileiro contemporâneo, retoma tal texto em seu "Para um monumento ao antidepressivo", publicado em 2007, no livro Tarde (p. 63), e que é objeto de nossa análise neste artigo.A intertextualidade pode ser percebida logo numa primeira leitura, não apenas pelo título dos poemas, mas também pela figura do "sol" portátil, que é associada a medicamentos em ambos os textos. Vejamos a seguir a transcrição dos dois poemas: Num monumento à aspirinaClaramente: o mais prático dos sóis, o sol de um comprimido de aspirina: de emprego fácil, portátil e barato, compacto de sol na lápide sucinta. Principalmente porque, sol artificial, que nada limita a funcionar de dia, que a noite não expulsa, cada noite, sol imune às leis de meteorologia, a toda hora em que se necessita dele levanta e vem (sempre num claro dia): acende, para secar a aniagem da alma, quará-la, em linhos de um meio-dia.Convergem: a aparência e os efeitos da lente do comprimido de aspirina: o acabamento esmerado desse cristal, polido a esmeril e repolido a lima, prefigura o clima onde ele faz viver e o cartesiano de tudo nesse clima. De outro lado, porque lente interna, de uso interno, por detrás da retina, não serve exclusivamente para o olho * Universidade de São Paulo (usp/CNPq). Endereço para correspondência: dayalmeida@yahoo.com.br .
RESUMO:O trabalho que proponho pretende realizar uma breve historiografia da recepção da chamada "Semiótica Tensiva" -vertente da Semiótica Greimasiana -no Brasil, valendo-se de métodos e propostas interpretativas da Historiografia da Linguística, baseando-se em parâmetros externos e internos e utilizando categorias de análise tais como programas de investigação, grupos de especialidade e tipo de retórica. PALAVRAS-CHAVE:Semiótica Greimasiana; Semiótica Tensiva; Historiografia da Linguística; Brasil. ABSTRACT:The paper that I here propose aims to present a short historiographic study on the "Tensive Semiotics" -a strand of the French Semiotics -in Brazil, using methods and interpretative proposals from the Linguistics Historiography, based on external and internal parameters and applying analytic categories such as investigation programs, research groups and argumentation patterns. KEYWORDS:French Semiotics; Tensive Semiotics; Linguistics Historiography; Brazil. IntroduçãoEm razão da existência de diversas disciplinas que recebem atualmente o nome de "semiótica", devo, antes de mais nada, esclarecer que a Semiótica à qual me refiro neste trabalho é a chamada Semiótica "Greimasiana" -também conhecida como Semiótica Francesa ou Semiótica da Escola de Paris -que teve como fundador Algirdas Julien Greimas e cujo objeto é o sentido, nas suas mais variadas formas de manifestação discursiva.Tendo surgido na década de 60, a Semiótica Francesa vem ganhando cada vez mais adeptos. No Brasil, os estudos nesta área começaram nos anos 70 e desde então cresceu consideravelmente o número de pesquisadores e grupos de pesquisa que se dedicam ao assunto. Barros (1999, p. 192) afirma:A linha de investigação semiótica tem seus principais e mais antigos núcleos em São Paulo, na Universidade de São Paulo -USP, sobretudo na pós-graduação em Linguistica e na Escola de Comunicações e Artes -ECA, 1 Este trabalho foi realizado com o apoio do CNPq -Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Este trabalho investiga a Concordância Nominal de Número em textos escritos por indivíduos surdos, com o objetivo de verificar que fatores sociais ou linguísticos estão associados à Realização ou à Não Realização desse tipo de concordância. Serve de norte o quadro teórico-metodológico da sociolinguística variacionista. Foram analisadas 40 redações, de 40 indivíduos surdos, entre 15 e 35 anos de idade, estratificados em idade de aquisição da Libras, grau de oralização e leitura labial, e escolaridade. Os resultados apontam para a não correlação desses fatores com a Concordância, revelando, de outro lado, a existência de uma correlação de alguns fatores linguísticos (descritos no corpo do trabalho) com a Não Concordância.Palavras-chave: Bilinguismo de surdos; Concordância nominal de número; Variação linguística.
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