A sífilis congênita (SC) é doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, e ocorre pela disseminação hematogênica da bactéria de uma gestante infectada para o feto, por via transplacentária. A transmissão vertical chega a variar de 70 a 100% em gestantes não tratadas. O objetivo foi analisar registros de casos notificados de sífilis congênita no estado de Goiás no ano de 2015 a 2018. Trata-se de um estudo transversal com análise de dados secundários de informações coletadas no DATASUS. Variáveis como número de casos, escolaridade, raça e custos e número de internações foram investigados de forma descritiva. Foram notificados 1782 casos de sífilis congênita no estado de Goiás de 2015 a 2018. Goiânia foi o município com maior notificação de casos, seguida de Aparecida de Goiânia e Anápolis. 96,6% dos pacientes foram diagnosticados nos 6 primeiros dias de vida. A informação de escolaridade das mães esteve disponível em apenas 327 casos, destas a maioria possuía somente 5 a 8ª serie incompleta do ensino fundamental. O custo médio das internações por sífilis congênita foi de 474,29 reais. Os resultados obtidos expõem deficiências nas medidas de controle e reforçam a importância da captação precoce de gestantes para a assistência prénatal, a oferta nas unidades de saúde de teste rápido para diagnóstico da doença, disponibilidade de preservativos e da penicilina benzatina para tratamento da SC.
Objetivo: Descrever o perfil de gestantes adolescentes e adultas jovens vivendo com HIV/Aids notificadas em unidade hospitalar de referência em doenças infectocontagiosas do estado de Goiás e analisar as características relacionadas a transmissão materno-infantil do HIV nesta população. Metodologia: Estudo transversal conduzido com dados extraídos de fichas de notificação compulsória de investigação de crianças expostas ao HIV. Foram consideradas as variáveis: idade, município de procedência e escolaridade materna, uso de medicamentos antirretrovirais pela gestante e pelo recém-nascido, tipo de parto (vaginal ou cesáreo) e aleitamento materno. Resultados: Das 157 gestantes vivendo com HIV/Aids, 27,39% (n = 43) eram adolescentes e 72,61% (n = 114) adultas jovens. O perfil desta população aponta para maior procedência de fora da capital goiana, baixa escolaridade e seguimento das recomendações do Ministério da Saúde no quesito utilização de antirretroviral durante a gestação e trabalho de parto. Das crianças expostas ao HIV, 5,09% (n = 8) infectaram-se por transmissão materno-infantil. A infecção das crianças foi resultado de diferentes combinações da não adoção das medidas preventivas preconizadas pelos protocolas nacionais. Conclusão: No estudo houve predomínio de gestantes adultas jovens de baixa escolaridade vivendo com HIV/Aids. Pertencer ao grupo de gestantes adolescentes ou adultas jovens não influenciou na tomada de medidas profiláticas de transmissão materno-infantil do HIV. Deixar de usar medicamentos antirretrovirais seja no parto ou durante a gestação e fazer o aleitamento materno foram fatores de risco para transmissão materno-infantil do HIV, enquanto o parto cesáreo revelou-se como um fator protetor para maioria dos casos.
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