Objetivos: descrever os significados, sentidos e sentimentos das mulheres no parto normal e no puerpério e compreender o papel do enfermeiro nesse processo. Metodologia: pesquisa fenomenológica heideggeriana com 14 mulheres que passaram pelo parto vaginal. Foram realizadas entrevistas abertas gravadas e constituídas as unidades de significação, a compreensão vaga e mediana e a hermenêutica. Resultados: o vivido do parto significou: sentir bastante dor, ser demorado e não ter forças, e ter tido um pós-parto difícil com o filho e com o seu corpo; ter tido medo do parto, ter sido sofrido traumatizante e assustador; e ter passado por intervenções, ter tomado medicação, não ter tido um bom tratamento e nem orientação. A atuação do enfermeiro não foi definida e os relatos de situações desagradáveis não possibilitaram identificar um profissional específico. Conclusão do estudo: o vivido revelou violência obstétrica e temor, que podem ser evitados com condutas éticas, amparo legal, assistência qualificada e com o conhecimento dos direitos, pelas mulheres e pelos profissionais que cuidam, sobretudo os enfermeiros. A atuação da enfermagem obstétrica abrange a assistência qualificada e humanizada desde o pré-natal ao puerpério e deve ser expandida nas instituições de saúde materno-infantil.
Objetivo: descrever os significados e os sentimentos da mulher após o parto vaginal e identificar como a atuação da enfermagem obstétrica pode contribuir para melhores experiências no puerpério. Método: Pesquisa fenomenológica heideggeriana com 14 mulheres que passaram pelo parto vaginal. Realizada entrevista aberta audiogravada, para a constituição da Unidade de Significação e da compreensão vaga e mediana. Resultado: O vivido e os sentimentos da mulher após o parto vaginal significaram: ter medo de fazer sexo, sentir dor na relação sexual, achar que não ia voltar a ser normal, sentir o corpo diferente de antes, achar que a relação sexual mudou, perder o desejo sexual. Conclusão: A atuação da enfermagem obstétrica é necessária para melhores desfechos frente ao medo e à adaptação da puérpera ao retorno da atividade sexual, pontuando ações simples para a sexualidade da puérpera/casal, como: cuidados de higiene, uso de lubrificantes e estímulo à retomada da intimidade sexual.
Objetivo: compreender os significados da vivência da mulher na sexualidade após o parto vaginal. Método: estudo fenomenológico heideggeriano realizado com 14 mulheres através de entrevista aberta audiogravada, constituindo as unidades de significação e a compreensão vaga e mediana. Resultados: a maioria delas decidiu pelo parto vaginal, mas não recebeu informação sobre ele e nem sobre a vida sexual após. A vivência delas significou ter levado um tempo para o sexo ficar normal ou até mesmo não sentir diferença; não ter tido problemas com a sexualidade e com o corpo; não se importar com os tabus e não se confirmar o que muitas pessoas falavam. Considerações finais: A vivência da sexualidade/vida sexual após o parto se mostrou de forma positiva, apesar do puerpério ser um momento de diversas adaptações, contrariando o que se ouve culturalmente falar, de que a atividade sexual piora após o parto vaginal. Assim, reafirma-se o compromisso do cuidado holístico na saúde e nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres desde o pré-natal ao pós-parto com a atuação da enfermagem obstétrica. A contribuição para a prática é fortalecer a atuação da enfermagem obstétrica, visto que há fragilidades na assistência prestada às gestantes e puérperas pelo enfermeiro generalista e/ou o médico nas unidades de saúde, enquanto que a saúde sexual e reprodutiva das mulheres é um dos pilares da atenção integral da enfermagem obstétrica.
Introdução: Visando a saúde das mulheres e a redução da morbimortalidade, o Brasil vem revisando o modelo de atenção ao parto e implementando ações para incentivar o parto vaginal. O estudo se justifica pela necessidade do direito das gestantes ao pré-natal e ao parto, de forma digna e respeitosa, livre de violência obstétrica, com cuidados equitativos e cumprimento do tempo de licença maternidade. Objetivo: Descrever a historiografia e a historicidade da mulher no parto vaginal e na maternidade e identificar a assistência recebida. Métodos: Pesquisa qualitativa fenomenológica heideggeriana realizada com 14 mulheres que passaram pelo parto vaginal entre setembro de 2018 e abril de 2019. A coleta de dados respeitou os princípios éticos e utilizou a entrevista aberta audiogravada, para a abertura do desvelamento do fenômeno da historiografia e da historicidade, que deram seguimento para a etapa analítica, também chamada de compreensão vaga e mediana em estudos fenomenológicos, confrontando os achados com a literatura. Resultados: A idade das 14 participantes variou entre 22 e 41 anos. O parto vaginal foi decidido pela maioria e 7 depoentes afirmaram não terem tido informação acerca dele. A maioria também se preocupou se haveria lesão vaginal e como seria o sexo após o parto, mas com relatos de ter voltado ao normal. Muitas não receberam informações sobre a vida sexual após o parto e buscaram se informar. Nenhuma delas se arrependeu de ter passado pelo parto vaginal. A minoria contou que fez o planejamento da gravidez. Conclusão: A vivência desse parto foi positiva, protagonizando a mulher e a fisiologia, porém há fragilidade na atuação do enfermeiro na consulta pré-natal e puerperal e no planejamento reprodutivo, bem como a invisibilidade na assistência ao parto. Uma abordagem completa inclui informações e assistência de enfermagem obstétrica de qualidade e humanizada, como preconizado nas políticas públicas de saúde.
A gestação é um período onde ocorre muitas mudanças na vida da mulher. O pré-natal é um momento onde essas mulheres devem ser acolhidas, e prestada uma assistência qualidade, principalmente no que tange as informações do processo de parturição, no qual irão vivenciar. O presente estudo tem como objetivo geral analisar o conhecimento das gestantes no processo de parturição durante o pré-natal. Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, de campo, de caráter descritivo e exploratório, que buscou compreender os conhecimentos das gestantes acerca do processo de parturição. As informações foram obtidas por meio de entrevista com 27 gestantes nuliparas residentes à um município da região do Alto Vale, durante as consultas de enfermagem no pré-natal. A análise dos resultados se deu pelo método de análise de conteúdo proposto por Laurence Bardin. A teoria de enfermagem proposta foi a do Autocuidado de Dorothea Orem. Resultado: Foram identificadas três categorias temáticas, sendo estas: Conhecimento das gestantes sobre o processo de parturição; Como as gestantes avaliam as orientações recebidas no pré-natal; e Fatores que influenciam na preferência pela via de parto. Os resultados mostram que as gestantes possuem conhecimento insuficiente sobre o processo de parturição. A orientação sobre o processo de parturição ainda durante o pré-natal é de suma importância e pode ser realizada pelo enfermeiro no âmbito de saúde pública. A falta de informação e orientação durante o pré-natal podem ser um dos fatores que contribuem para o aumento do parto cirúrgico. O enfermeiro inserido neste contexto é um dos responsáveis pela disseminação do conhecimento em relação ao processo de parturição.
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