Pesquisas relataram aumento da gravidade da doença causada por um novo coronavírus (COVID-19) denominado coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), em pacientes com diabetes mellitus. Tendo em vista a interação com outros fatores de risco, a hiperglicemia pode modular respostas imunes e inflamatórias, predispondo os pacientes a desenvolver COVID-19 grave e possíveis desfechos letais. O objetivo do estudo foi por meio de uma revisão sistemática, identificar e sumarizar as evidências disponíveis sobre a relação, as complicações e os prognósticos em pacientes diabéticos que foram infectados com COVID-19. A revisão sistemática seguiu as recomendações do PRISMA. Para o levantamento dos estudos, foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scopus, SciELO, LILACS, LitCovid e Google Scholar. A busca bibliográfica entre janeiro de 2020 e abril de 2022, em inglês, português e espanhol. Foram identificados 435 artigos, dos quais 311 foram excluídos por não se relacionarem com o tema, 28 por serem duplicados, seis não estarem dentro dos idiomas definidos dos critérios de inclusão, quatro por não ter associação positiva e 40 por não serem artigos originais. Vinte e seis estudos preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na análise qualitativa. Os achados demonstraram que o diabetes está associado ao aumento das chances de hospitalizações, desenvolver formas mais graves de COVID-19, evoluir para necessidade de ventilação mecânica e em alguns casos pode levar o paciente a óbito. Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e obesidade combinada de diabetes podem gerar mais risco de sintomas graves e óbito, principalmente em homens idosos.