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Introdução: A pandemia da COVID-19 é um problema sanitário global e teve impacto no sistema de saúde ao redor do mundo, tornando ainda mais visível as desigualdades sociais existentes. Na América Latina, além do enfrentamento da pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, doenças tropicais, como a dengue, foram agravadas pela coexistência com a COVID-19. Isso tem relevância na escolha de possíveis medidas de prevenção, uma vez que a não consideração de casos de coinfecção podem afetar do nível individual ao comunitário. Objetivo: Dessa forma, a presente revisão sistemática tem como objetivo demonstrar os desafios e implicações dos casos de dengue frente à COVID-19 no Brasil. Material e Métodos: Para isso, foram obtidos artigos de relatos de caso, análise espacial, estudo de coorte e estudos ecológicos para revisão bibliográfica a partir dos bancos de dados PubMed e Scielo, usando critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: Esses estudos demonstraram que a alta incidência concomitante de dengue e COVID-19 apresenta inúmeros obstáculos, principalmente pela existência de semelhança clínica e laboratorial, bem como presença de reatividade cruzada, agravo por coinfecção, e sazonalidade sobreposta. Além disso, o descaso com a dengue, principalmente nos programas de controle de vetores, que também estão associados a outras epidemias, pode gerar um aumento de arboviroses no país. Conclusão: Fica claro, portanto, que os sistemas de saúde que lidam com epidemias concomitantes de doenças infecciosas tendem a enfrentar desafios em suas diferentes áreas de serviço, incluindo sistemas laboratoriais, de atenção primária, hospitalar e de vigilância epidemiológica. Sendo necessário uma maior atenção na vigilância epidemiológica para conter os casos de dengue e evitar casos de coinfecção, bem como a inclusão de medidas de manejo e diagnóstico diferenciado.
A epilepsia é uma patologia que, segundo o Ministério da Saúde, afeta 1% da população mundial. Além disso, é considerada uma canalopatia associada a vários tipos de canais iônicos, tanto os dependentes de voltagem quanto os sensíveis a ligantes. Um importante canal iônico associado a epilepsia é o canal de sódio dependente de voltagem (Nav), que permite o influxo de sódio nos neurônios, gerando potenciais de ação e transmissão dos impulsos nervosos. Nos casos de epilepsia, não há controle de inibição sobre os potenciais de ação gerados. Por esse motivo, o objetivo do presente trabalho é analisar a importância do docking molecular para estudar canalopatias como a epilepsia. Foi elaborada uma revisão sistemática contendo artigos com possíveis fármacos bloqueadores de Nav e os resultados demonstraram que as isoformas podem interagir com diferentes moléculas e proporcionar a redução do influxo de sódio por meio dos potenciais fármacos, como demonstrado pelos estudos de SHAHEEN et al.
Federal do Pampa (2021). Pós graduanda em Urgência e Emergência, atuando principalmente nos seguintes temas: enfermagem, feridas complexas, terapia por pressão negativa, unidade de terapia intensiva e cuidados de enfermagem. Enfermeira na
Introdução: Staphylococcus aureus (S. aureus) é uma bactéria associada a diversas infecções, tanto na comunidade quanto em ambiente hospitalar, ocasionando desde infecção cutânea até septicemia(1). Um importante fator de virulência é a exotoxina alfa-hemolisina (α-HL), que oligomeriza e forma canais iônicos transmembranares nas células-alvo, permitindo o fluxo livre de várias espécies químicas, resultando na morte celular(2). Diversas cepas de S. aureus exibem multirresistência aos antibióticos, limitando as opções de tratamento. Os derivados tiazolidínicos podem ser uma boa alternativa para bloquear a α-HL, pois possuem amplas propriedades bioativas, como por exemplo a antimicrobiana para cepas multirresistentes, sendo eficazes contra o S. aureus e inibindo o seu crescimento(3). Objetivos: Dada a importância da busca de compostos com ação antibacteriana, via bloqueio da α-HL, este trabalho visa analisar, via docagem molecular, a interação de derivados tiazolidínicos 5-benzilideno com o canal iônico formado pela toxina. Métodos: A estrutura cristalográfica da α-HL de S. aureus foi obtida pelo Protein Data Bank (PDB) e utilizou-se o MolView para modelagem dos compostos denominados GQ294 e GQ443, posteriormente submetidos ao Avogadro 1.1.1 para minimização de energia molecular. A docagem foi realizada pelo DockThor e os resultados foram analisados utilizando o Discovery Studio Visualizer. Resultados: A partir dos resultados de docagem pelo DockThor, foi obtida uma classificação dos compostos de acordo com suas energias totais e scores de afinidade com a toxina. Os valores de energia total do GQ443 e GQ294 foram iguais a -15,152 KJ/ mol e -19,009 KJ/ mol, respectivamente. Enquanto o score de afinidade de GQ443 e GQ294 foi de -6,820 Kcal/ mol e -5,902 Kcal/ mol respectivamente. As análises obtidas a partir do Discovery Studio Visualizer demonstraram que os dois compostos interagem com a região de constrição do canal iônico, principalmente com os resíduos GLU 111 e LYS 147, sendo estas interações mediadas principalmente por ligações de hidrogênio, além de interações do tipo cátionpi, pi-alquila, pi-enxofre. Esses dados corroboram com outros trabalhos já encontrados na literatura(4). Conclusões: Os resultados indicam, preditivamente, que os compostos GQ443 e GQ294 interagem com o canal da α-HL na região de constrição, sugerindo um bloqueio de sua atividade. São necessários dados experimentais para elucidar os dados teóricos já obtidos.
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