Systematic reviews of published studies can detect gaps in the research agenda within a specific field of knowledge.

Introduction: Psychotherapeutic interventions in childhood and adolescence are recognized as a mental treatment and as a tool to reduce psychological disorders in youth and adulthood. Therefore, there is an increasing concern about evidence of effectiveness of mental disorder interventions and adequacy of measurement. The objectives of this systematic review were to investigate predominant research designs and instruments used in Brazilian studies describing psychotherapeutic interventions with children and adolescents and to examine how these instruments are described regarding evidence of validity and reliability. Method: Five databases were surveyed, and for each one two independent judges performed the selection of records and applied the inclusion and exclusion criteria. Results: The final database comprised 28 papers, in which 92 instruments were referred. Fifty-seven instruments cited did not have descriptions of evidence of validity for the Brazilian population; for 31 instruments, validity evidence was mentioned, but the study did not detail which validity parameter was used; three studies described content validity evidence for their instruments. Furthermore, information about reliability was described for only two instruments. Conclusion: A lack of studies in the field of child and adolescent psychotherapy was found in Brazil. There is a significant need for the field to attend both the psychometric properties and the quality of description of research instruments. The scientific production of studies focused on the evaluation of psychotherapeutic interventions may promote evidence-based psychotherapy and justify the offer of mental treatment in different contexts.

Experiências de bullying podem contribuir negativamente na visão do adolescente sobre ele próprio perante os pares. Hipotetiza-se que a adoção de uma postura calorosa, não-avaliativa e sensível do indivíduo ao experimentar sofrimento, como é definida a autocompaixão, pode ser uma estratégia adaptativa para situações hostis. Esse estudo investigou diferenças entre adolescentes quanto a níveis de autocompaixão e experiências de bullying, bem como a relação entre os dois construtos. Participaram 551 adolescentes, sendo 57% do sexo feminino, com idade média de 15,1 anos (DP= 1,7), estudantes de escolas públicas brasileiras. Análises de correlação de Pearson foram realizadas para investigar relações entre autocompaixão e bullying. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos extremos da escala de autocompaixão e comparou-se as médias. Foram encontradas correlações significativas e negativas entre a autocompaixão e tipos de bullying, bem como com os papéis de vitimização. Quando separados por grupos, os adolescentes com níveis mais elevados de autocompaixão apresentaram níveis menores de experiências de bullying e média maior no papel de defensor das vítimas. Observa-se que a existência de relações seguras e de apoio podem contribuir no desenvolvimento de habilidades e respostas compassivas de ajuda aos outros e de regulação emocional em situações difíceis.