Este artigo considera os recursos didáticos que a linguagem poética oferece para uma estratégia pedagógica que pretenda re-ligar o pensamento empírico-lógico-racional com o pensamento simbólicomitológico. Partindo de um diálogo entre os pensamentos de Carl Gustav Jung e Edgar Morin, este estudo considera a riqueza da poesia como facilitadora do desenvolvimento do conjunto dos focos de subjetivação existentes, em potencial, em todo ser humano, segundo a teoria junguiana das funções ectopsíquicas, dos tipos psicológicos e do potencial criativo, do contato da consciência com as imagens simbólicas do inconsciente. Desenvolve a convergência entre o enfoque junguiano e a proposta de Morin de uma nova educação que busque superar a unilateralidade racionalista do paradigma cultural dominante -técnico/científico -que impregna todo o nosso sistema de ensino, e que não favorece o desabrochar da criatividade do educando. Tal proposta implica recuperar a capacidade de mitologizar, perdida pelo homem moderno, por meio do pensamento complexo que saiba fazer dialogar "mitos" com logos.Palavras-chave: Aprendizagem. Pensamento complexo. Pensamento-fantasia. Poesia Pensamento-fantasia. Poesia
A partir da crítica que faz Edgar Morin ao paradigma da modernidade, este artigo discute suas implicações sociais e políticas no processo do conhecimento e da aprendizagem. Sendo disjuntivo, reducionista e simplificador, o paradigma leva a uma visão fragmentada, tecnicista e utilitária do homem e do mundo; sendo objetivista, considera a verdade a mesma para todos, supondo o processo de aprendizagem apenas como transmissor de conhecimentos acabados. É, portanto, um paradigma autoritário. A autora observa que a resistência ao paradigma por parte da escola e do professor constitui um ato ético-político necessário para a construção de uma convivência democrática e de uma visão de mundo mais abrangente e inclusiva da diversidade de formas de conhecimento.
Palavras-chaveAprendizagem. Conhecimento. Ética. Método. Paradigma da modernidade.
AbstractThis article brings up Edgar Morin's critical perspective about the modern paradigm and its social and political implications in the knowledge and learning process. The criticism is focused on the disjunctive, reductive and simplified configurations of this paradigm that leads to a fragmented, technicist and utilitarian view of the world and the humanity. The paradigm also includes an impartial and objective perspective of knowledge and learning, considering an unique truth for all people, and learning as a transmission of finished trues. Therefore, it is an authoritarian paradigm. The author proposes the teacher's resistance to this paradigm in school. This resistance is necessary as a political and ethical educative action that can lead to democracy and to a wider and including point of view concerning the diversity of perspectives in knowledge and learning..
Key wordsEthic. Knowledge. Learning. Method. Modern paradigm.Camargo, Daisy. A resistência ao instituído: uma reflexão sobre valores na prática educativa. Cadernos de Pós-Graduação. São Paulo: Uninove, dez. 2004. v. 3, p. 81-87.
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