Este artigo versa sobre o tema da formação de professores abordando os aspectos históricos e teóricos. Na primeira parte introduz-se o enfoque histórico e examinase a trajetória da formação de professores no Brasil, desdobrando-a em seis períodos que se iniciam com a aprovação da Lei das Escolas de Primeiras Letras, em 1827, e culminam com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996. A segunda parte trata dos aspectos teóricos, considerando os dois modelos básicos de formação docente, suas implicações para a formação, em nível superior, dos professores da educação infantil e do ensino elementar, o dilema decorrente da contraposição entre os dois modelos e o caminho para sua superação, completando-se com observações sobre a formação de professores para a educação especial.
A primeira observação que me ocorre a propósi-to do próprio enunciado do tema é que, na verdade, da perspectiva em que me coloco para analisar o problema, os termos "ontológico" e "histórico" não seriam ligados por uma conjunção coordenativa aditiva como está posto no enunciado do título. Não se trataria de examinar os fundamentos ontológicos e depois, em acréscimo, examinar os fundamentos históricos, ou vice-versa. Isso porque o ser do homem e, portanto, o ser do trabalho, é histórico. Assim, talvez o títu-lo deste trabalho ficasse mais preciso se fosse enunciado assim: "Trabalho e educação: fundamentos ontológico-históricos".No entanto, constatado o estreito vínculo ontológico-histórico próprio da relação entre trabalho e educação, impõe-se reconhecer e buscar compreender como se produziu, historicamente, a separação entre trabalho e educação.Feito esse comentário preliminar, adianto o percurso que pretendo fazer no tratamento do tema que me foi encomendado.Começarei procurando indicar, em suas linhas básicas, os fundamentos histórico-ontológicos da relação trabalho-educação. Em seguida, tratarei de mostrar como, não obstante a indissolubilidade da referida relação, se manifestou na história o fenômeno da separação entre trabalho e educação. No terceiro momento abordarei o tortuoso e difícil processo de questionamento da separação e restabelecimento dos vínculos entre trabalho e educação. Finalmente, esboçarei a conformação do sistema de ensino sob a égide do trabalho como princípio educativo e encerrarei com a discussão do controvertido tema da educação politécnica. Fundamentos histórico-ontológicos da relação trabalho-educaçãoTrabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a pergunta sobre os fundamentos ontológicos da
Este trabalho se originou do Seminário Choque Teórico, realizado no Rio de Janeiro de 2 a 4 de dezembro de 1987 e organizado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz. Convidado a participar desse seminário para tratar da concepção de politecnia, fiz uma exposição oral, não baseada em texto escrito. A exposição foi gravada e transcrita, tendo sido publicada em livro (Saviani, 1989) acompanhada do debate que se lhe seguiu. As oito intervenções ocorridas no debate foram objeto de respostas relativamente longas em que tive oportunidade de explicitar melhor vários dos pontos abordados na apresentação do tema. A parte I deste artigo é constituída pela versão revista da exposição apresentada no referido seminário. A parte II retoma a discussão do conceito de politecnia, trazendo novos elementos para a compreensão de seu significado, em correlação com a situação histórica atual.
RESUMO:Este artigo se propõe a analisar globalmente a proposta do MEC, visando responder à seguinte pergunta: Em que medida esse novo plano se revela efetivamente capaz de enfrentar a questão da qualidade do ensino das escolas de educação básica? Para tanto, serão considerados os seguintes pontos: 1. A configuração do PDE, procurando entender sua composição e identificar cada uma das 30 ações em que ele se desdobra; 2. Análise da singularidade do plano em confronto com os planos anteriores, em especial com o vigente Plano Nacional de Educação; 3. A singularidade do PDE diante do problema da qualidade da educação básica; 4. As bases de sustentação do plano, visando verificar o grau em que está apto a assegurar a qualidade da educação básica; 5. Finalmente, à guisa de conclusão, sugere-se um caminho para superar as limitações do PDE.Palavras-chave: Educação brasileira. Política educacional. Plano Nacional de Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação. THE EDUCATION DEVELOPMENT PLAN (EDP): ANALYSIS OF THE PROJECT OF THE MINISTRY OF EDUCATION (MEC) ABSTRACT:This article seeks to analyze globally the proposal of the Ministry of Education (MEC) by answering the following question: to what extent is this new Plan effectively able to face the quality problem of basic education? ** It thus explores the following elements: 1. The EDP framework, in order to understand its composition and identify each one of the 30 actions in which it is divided; * Doutor em Educação e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas
This article points out the importance of pedagogy as the specific realm within the university for the development of educational studies and educators´ professional training. From then on, it addresses the national curricular guidelines which have been lately defined by the National Council of Education for the Pedagogy Course. To that end, after considering the historical and theoretical emergence of the pedagogy concept, it identifies the theory-practice relationship as the fundamental problem from which the two main pedagogical currents arise ending up in a dilemma and feeding the polemic character of pedagogy. Against this background, the paper analyzes the place education occupies within the Brazilian university,
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