O tráfico de animais silvestres é uma prática antiga e é caracterizado pelo comércio ilegal de animais que são retirados de seus habitats naturais. Assim, este estudo objetivou apresentar os dados referentes à avifauna silvestre recolhida em Goiás. Para isso, foram analisados os Termos de Apreensões e Depósitos (TADs), os Autos de Infrações (AI) e os Registros de Atendimentos Integrado (RAI’s) de aves silvestres registrados pela Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), entre os anos de 2013 e 2017. Como resultado, foram contabilizados 14283 espécimes recolhidos, sendo a maior parte oriunda de apreensões (55,20%). As espécies mais prejudicadas pelo tráfico foram Sicalis flaveola (Canário da terra), seguida pela Sporophila angolensis (Curió), Gnorimopsar chopi (Graúna), Sporophila nigricollis (Baiano), Amazona aestiva (Papagaio verdadeiro), Brotogeris chiriri (Periquito-do-encontro-amarelo) que, juntas, representaram 82,70% do total apreendido. Na Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, Crax fasciolata e Momotus momota são classificadas como “em perigo”; Guaruba guarouba e Pulsatrix perspicillata, Sporophila frontalis e Thamnophilus caerulescens como “vulneráveis”, Penelope superciliaris e Sporophila maximiliani como “criticamente em perigo. Verificou-se que o órgão que mais fez apreensão entre o período analisado foi o Comando de Policiamento Ambiental. Além disso, acredita-se que as políticas públicas sobre educação ambiental têm refletivo positivamente, já que, por mais que as entregas espontâneas realizadas pela população foram menores em relação às apreensões, houve um aumento gradual naquelas ao longo dos anos analisados.
O Brasil apresenta elevada biodiversidade que é ameaçada pelo tráfico de animais e, principalmente, pela falta de conhecimento e conscientização da população. Assim, como os estudos desta natureza ainda são escassos, o objetivo foi avaliar o conhecimento da população de Iporá sobre a Lei de Crimes Ambientais e a atividade de comércio e criação ou manutenção ilegal de fauna silvestre. Os dados foram coletados com uso de questionários semiestruturados que apresentavam 36 questões abertas e fechadas. Após 180 pessoas serem entrevistadas em 18 bairros o atual estudo revelou informações sobre crimes ambientais e dados referentes à conscientização ambiental, que até então não haviam sido descritos para a cidade de Iporá (GO). A população não possui um adequado nível de conhecimento de diplomas normativos ambientais. O consumo e comércio ilegal de pescado, o tráfico de aves e répteis, criação de fauna silvestre em cativeiro e o consumo de carne de caça ainda existem na cidade, segundo os respondentes. É necessário que novos estudos sobre tráfico de animais silvestres sejam realizados não somente em Iporá, mas em toda região oeste do estado de Goiás.
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