Com intuito de avaliar o nível de conhecimento de um grupo de profissionais de saúde da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, realizou-se uma pesquisa com enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos e também alunos de graduação em farmácia, referente à produção, radiações emitidas, aplicações e toxicidades dos radiofármacos que utilizam os radioisótopos 123 I e 131 I. Esses radioisótopos são muito utilizados na Medicina Nuclear tanto para auxiliar no diagnóstico por imagem quanto para procedimentos terapêuticos. Para uma melhor compreensão do leitor, neste trabalho é apresentada uma abordagem sobre os radiofármacos que utilizam os radioisótopos acima citados de modo que o mesmo tenha conhecimento do que foi questionado ao grupo de profissionais aqui avaliados. Com este trabalho, espera-se contribuir para o conhecimento desses profissionais, bem como da população em geral, nos conceitos de Física Nuclear e Radioproteção referentes ao assunto em questão. I. INTRODUÇÃOBuscando oferecer uma melhor compreensão ao leitor sobre o tema, as primeiras seções são destinadas aos conceitos que foram questionados aos profissionais de saúde. O radiofármaco é composto basicamente por um radioisótopo e um fármaco. Um radioisótopo (ou radionuclídeo) se caracteriza por apresentar um núcleo atômico instável que emite radiação quando tende à estabilização. Já o fármaco pode ser uma substância ou qualquer elemento que apresente afinidade química por determinados órgãos, tecidos, células ou processo fisiológico do corpo. Eles são utilizados com a finalidade de transportar o elemento radioativo para o órgão a ser estudado. Podese dizer que os radiofármacos foram utilizados pela primeira vez em um ser humano, para diagnóstico, em 1925, por Herman Ludwig Blumgart (1895 -1977 e Otto Christian Yens (1901 -1969 Os radioisótopos 123 I e 131 I são produzidos em reatores nucleares e aceleradores de partículas. Aceleradores de partí-culas são máquinas capazes de acelerar feixes de partículas carregadas, fazendo com que estes alcancem velocidades altíssimas proporcionando energias capazes de produzir maté-ria (através da colisão destes feixes) em grande quantidade e com o feixe bem controlado. De acordo com sua forma, eles podem ser classificados em lineares ou circulares. Os aceleradores de partículas lineares aceleram o feixe segundo uma trajetória retilínea de modo que sua energia seja proporcional ao seu comprimento. Já os circulares mantêm o feixe segundo uma trajetória curvilínea fazendo com que o feixe seja acelerado a cada volta. Para produção de radiofármacos, geralmente é utilizado o acelerador circular do tipo ciclotron. Já os reatores nucleares de fissão utilizam a fissão nuclear para produzir energia (reator de potência) ou nêutrons (reator de pesquisa). No caso de um reator nuclear de pesquisa podese utilizar os nêutrons que reagirão com núcleos alvos dando origem a outros elementos.Os radioisótopos do iodo mais utilizados em medicina nuclear são 123 I, 125 I e 131 I. Pelo fato do 125 I apresentar radiação γ de baixa energia ...
Dentre muitas aplicações dos raios X há uma que permite analisar qualitativamente e quantitativamente uma amostra, de maneira não destrutiva. Esta técnica é a Fluorescência de Raios X, e tem sido muito utilizada quando se pretende obter uma análise multielementar da amostra. Ela é uma técnica de análise complementar que permite identificar e medir os raios X característicos, identificando-se o elemento químico que o origina. Na década de 90, os medicamentos genéricos foram introduzidos no Brasil e de acordo com a ANVISA eles devem apresentar o mesmo princípio ativo que o medicamento referência, na mesma concentração, dose e forma farmacêutica. Pelo fato de seu valor ser muito inferior quando comparado ao medicamento referência há um questionamento de parte da sociedade sobre a sua composição, eficiência e tempo de resposta. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma comparação entre as composições químicas do medicamento referência do Diclofenaco Potássico 50mg bem como de seus genéricos, a fim de verificar se há variações significantes nas mesmas. Através dos espectros de energia verificou-se que, para o fármaco em questão, a técnica mostrou-se eficiente, identificando também componentes dos excipientes. I. INTRODUÇÃOOs raios X foram observados pela primeira vez em 1895 pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845Röntgen ( -1923. Ele observou que um anteparo que continha alguns cristais de platino cianeto de bário situados próximos a um tubo de descarga, envolvido com papel preto, ficou luminescente, enquanto a descarga ocorria. Entretanto, quando a corrente foi cortada esse fenômeno desapareceu. Röntgen observou que esse efeito acontecia mesmo recuando o anteparo de alguns centímetros, o que certamente não poderia ser provocado por raios catódicos. Röntgen ainda interpôs entre o tubo de descarga e o anteparo diversos objetos, constatando que eles eram "transparentes"aos raios que ele não conhecia. Sendo assim, chamou essa radiação de raios X. Por seu trabalho, que deu como consequência a descoberta dos raios X, Röntgen recebeu o primeiro prêmio Nobel de Física no ano de 1901 [1]. Os raios X são ondas eletromagnéticas de altas energias, com comprimento de onda aproximadamente entre 0,005 nm a 10 nm que em ondas curtas se sobrepõem com os raios gamas e no final das ondas longas são próximos da radiação violeta [2]. Eles são produzidos na eletrosfera basicamente através de dois processos físicos: pela desaceleração de um feixe de elétrons de alta energia, onde parte ou toda energia cinética dos elétrons é convertida em raios X (radiação de bremsstrahlung), ou pela transição de elétrons entre as ca- * leandro.dfnae@bol.com.br † batistartb@hotmail.com ‡ lfolive@uerj.br § ramonziosp@yahoo.com.br ¶ ecsn_24@hotmail.com * * brandao.dl@oi.com.br † † cleidefreit@gmail.com ‡ ‡ marcelin@uerj.br madas mais internas dos átomos (raios X característicos).Este último forma um espectro discreto de distribuição de energia e está diretamente associada ao número atômico do elemento. A técnica analítica de Fluorescência de R...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.