INTRODUÇÃOA neoplasia de esôfago é doença muito comum em regiões com populações de baixa renda e naquelas habituadas à ingestão de álcool e abuso de tabaco 15,19 . Quase sempre o diagnóstico dessa afecção é tardio, pois a disfagia -principal sintoma da neoplasia de esôfago -, ocorre somente quando mais de 2/3 da luz esofágica esta preenchida por lesão tumoral. O diagnóstico retardado, perda de peso excessiva consequente à disfagia e associação de doenças cardiopulmonares decorrente do abuso de tabaco, tornam o portador dessa neoplasia paciente de difícil controle clínico, tendo o médico que o assiste poucas possibilidades terapêuticas. Este fato é muito comum, uma vez que em vários centros de tratamento da neoplasia esofágica, principalmente no mundo ocidental, apenas cerca de 20-30% dos pacientes conseguem realizar tratamento cirúrgico radical 15,17,18 .Dessa forma, muitas vezes o tratamento para essa afecção torna-se paliativo, sendo que o ideal seriam procedimentos que restaurassem satisfatoriamente a deglutição, sem a necessidade de novas internações hospitalares, com menores índices de complicações e que proporcionassem qualidade de vida mais adequada9. Assim, com o evoluir da técnica cirúrgica, passou-se procurar alternativas que atingissem essas finalidades, sendo o tubo gástrico isoperistáltico de grande curvatura um dos métodos de eleição 18,20 .Entretanto, o grande óbice deste procedimento é a deiscência da anastomose do tubo gástrico com o esôfago cervical, retardando a deglutição normal e, consequentemente, comprometendo em demasia a qualidade de vida do paciente que já se apresenta com condições nutricionais bem comprometidas devido ao caráter avançado da doença 7,9,18 . Estudo anterior em 53 pacientes com câncer de esôfago irressecável no qual estes autores utilizaram tubo gástrico isoperistaltico paliativo, a anastomose esofagogástrica cervical foi confeccionada com sutura manual, com deiscência anastomótica em 29,5%, o que comprometeu muito a qualidade de vida destes pacientes, impedindo que eles pudessem deglutir por via oral em média por um mês 4 .Com o advento da sutura mecânica, divulgada a partir da década de 60, tornou-se possível desenvolver nos dias atuais
INTRODUÇÃOAo longo da história cirúrgica mundial, a esofagectomia sempre proporcionou grande temor devido ao elevado potencial de complicações e, não raro mortalidade mais elevada, justificando controvérsia até os dias atuais sobre qual é o melhor tipo de ressecção esofágica e de reconstrução.No megaesôfago avançado, este fato torna-se mais evidente por se atuar em pacientes desnutridos, muitas vezes com alterações cardiovasculares, consequentes a potencial acometimento chagásico do miocárdio, o que pode proporcionar maior morbidade no pós-operatório. Apesar disso, a esofagectomia ainda é o procedimento mais utilizado na maioria das séries para o tratamento desta afecção por se atuar diretamente na doença ao remover o órgão como um todo 1,3,4,5,6,7,8,11,12,13,14,15,16,17 . Autores têm enfatizado que o órgão de eleição para reconstrução de trânsito após a ressecção esofágica é o estômago, pelas vantagens que oferece: reconstrução mais fisiológica estabelecendo de maneira contínua e direta o trânsito digestivo; bem vascularizado proporcionando menor índice de complicações diretamente relacionadas à anastomose; realização de uma única anastomose para reconstrução do trânsito digestivo; boa mobilidade sendo transposto com mais facilidade até a região cervical; menor contaminação.A reconstrução com o colo, por outro lado, tem sido cada vez menos utilizada pela maior morbidade, por ser procedimento cirúrgico mais complexo, com realização de várias anastomoses e maior tempo de operação.Os poucos pacientes que ainda têm indicação de realização de esofagocoloplastia após ressecção esofágica para megaesôfago avançado seriam aqueles que já foram submetidos previamente à gastrectomia ou por condições anatômicas desfavoráveis 9,10,14,17 . Nos últimos anos, por não haver na literatura nacional nenhum estudo que demonstrasse os resultados da esofagocoloplastia em pacientes com megaesôfago avançado previamente submetidos à gastrectomia, surgiu a idéia de demonstrar os resultados deste tipo de reconstrução.Assim sendo, o objetivo deste estudo é analisar retrospectivamente, as complicações da utilização do colo transverso para reconstrução do trato digestivo superior
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.