Introdução: A pandemia de COVID-19 representa um dos maiores desafios sanitários da atualidade e apresenta-se clinicamente de forma variada quanto aos sintomas e gravidade. A partir de sua forma de contaminação por aerossóis e fômites, o avanço da doença gera crescente busca por atendimento nos serviços de emergência, trazendo aos gestores o desafio de garantir recursos humanos e materiais para essa demanda, assim como definir fluxos seguros para evitar contaminações nosocomiais, protegendo pacientes e trabalhadores da saúde. Objetivo: Relatar uma experiência de adequação do fluxo no atendimento de pacientes suspeitos de COVID-19, com auxílio de sistema informatizado adaptado ao procedimento de triagem. Método: Trata-se de um estudo descritivo realizado em um hospital terciário público do estado do Ceará, a partir da observação e discussão das estratégias de enfrentamento a pandemia de COVID-19 pela equipe de gestores do departamento de emergência. Resultados: A partir do acolhimento e triagem dos pacientes, a adequação dos serviços de saúde em fluxos diferenciados para o paciente não suspeito e suspeito de COVID-19 representa uma ferramenta importante na garantia de segurança e resolutividade no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Conclusões: A criação de uma triagem extra-hospitalar utilizando uma ferramenta informatizada pode ser evidenciada como uma estratégia na otimização dos recursos hospitalares, evitando a admissão de pacientes que poderiam ter suas demandas atendidas em serviços de menor complexidade ou mesmo em seus domicílios, proporcionando maior agilidade no seguimento dos fluxos.
Objetivo: Analisar a tendência de hospitalizações por acidente vascular cerebral (AVC) na população adulta no estado do Ceará, Brasil. Métodos: Estudo ecológico com desenho de séries temporais, realizado a partir de duas bases de dados secundárias, sendo elas o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Ceará e suas regiões de saúde, no período de 2009 a 2020. Resultados: Do total de hospitalizações por AVC no Ceará, obteve-se uma média de 7.981,5 internações, observando aumento gradativo a partir de 2012, com ápice em 2019 (9.485/ano). Pacientes com idade entre 70 e 79 anos apresentaram maior média anual de internações (2.072,4/ano). O número absoluto de óbitos hospitalares foi de 3.277 em 2009 a 2.750 em 2020, tendo uma redução de aproximadamente 16,08%. Quanto às regiões de saúde no Ceará, foi possível observar uma tendência crescente de internações no Litoral Leste, Sertão Central e Norte. Conclusão: O Ceará apresentou uma tendência crescente de hospitalizações por AVC nos últimos 11 anos, com faixa etária predominante de 70 a 79 anos. Apesar do aumento das hospitalizações houve uma redução no número absoluto de óbitos hospitalares.
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