Resumo: Neste trabalho, abordamos a questão da atribuição de sentido às situações de ensino e aprendizagem e buscamos uma alternativa que permita ao aluno perceber a importância da matemática escolar. É com esta perspectiva que introduzimos as atividades de Modelagem Matemática e associamos o seu desenvolvimento em sala de aula com aspectos da Teoria da Atividade de Leontiev. O que o trabalho procura colocar é que duas idéias parecem convergir: por um lado, atribuir sentido e construir significados em Matemática demanda situações de ensino e aprendizagem que induzam relações entre a Matemática e a vida dos alunos; por outro lado, as atividades de Modelagem Matemática podem favorecer a aproximação da Matemática escolar com problemas extra-escolares vivenciados pelos alunos. Ao desenvolver uma proposta de atividades de Modelagem Matemática com alunos do Ensino Médio, a partir da análise das informações que coletamos, identificamos três condições que podem favorecer a atribuição de sentido e significado numa atividade de modelagem, levando em consideração as relações estabelecidas. A primeira condição refere-se a casos em que os alunos enfrentam um problema que tem para eles importância subjetiva, ou seja, quando o problema em estudo é de fato um problema para eles. A segunda condição refere-se a casos em que ocorre engajamento crítico e transferência de aprendizagem de uma situação de modelagem para outras situações vivenciadas pelos alunos. A terceira condição dá-se quando os alunos procuram tornar relevante o uso da Matemática na abordagem de um problema. Palavras
Resumo Este artigo propõe uma discussão relativa à abordagem de conteúdos da Matemática em atividades de Modelagem explorando a interlocução com a Semiótica, de modo que se vislumbra uma interface entre Modelagem Matemática e Semiótica. A construção dessa interface é mediada pela análise dirigida ao desenvolvimento de duas atividades, sendo uma delas desenvolvida por alunos do Ensino Superior e a outra por alunos da Educação Básica. Por um lado, essa interface se vincula à situação epistemológica particular dos objetos matemáticos que só se tornam presentes por meio de signos. Por outro lado, a Modelagem Matemática tem características de uma organização pedagógica que não se desvincula de uma variabilidade de signos e de uma eminente atividade semiótica. Neste sentido, a Modelagem Matemática, seja alinhada com a corrente científico humanista, seja em sintonia com a corrente pragmática, pode ser um meio para o enfrentamento dos problemas que Bruno D’Amore caracteriza como puramente didáticos. Assim, o artigo propõe uma perspectiva didático-semiótica para a Modelagem Matemática que implica em considerar que, na sala de aula, sua relação com a aprendizagem não se desvincula de uma interface em que signos, de diferentes naturezas e provenientes de diferentes sistemas semióticos, se articulam para resolver um problema cuja origem não é, em geral, a própria Matemática.
Este artigo relata parte da pesquisa de doutorado realizada no Brasil em 2018, cujo escopo consiste em investigar como a aprendizagem da geometria acontece nas práticas de modelagem matemática. Um modelo teórico, propondo seis diferentes dimensões da aprendizagem geométrica em práticas modelagem, é inicialmente apresentado e discutido. Os dados dessa pesquisa, obtidos mediante o desenvolvimento de práticas de modelagem com duas turmas de estudantes do ensino fundamental, permitiram analisar como os estudantes aprendem a utilizar o conceito geométrico de centroide para determinar o centro médio de uma população. Essa análise fenomenológica conclui que a aprendizagem do conceito de centroide acontece pela aquisição de uma estratificação, na qual esse conceito se mostra com os seguintes significados: (i) posição média de uma forma geométrica; (ii) ponto localizado numa figura plana de tal modo que toda reta que passa por ele divide essa figura em duas regiões de mesma área; (iii) ponto de equilíbrio de um objeto; (iv) centro de massas dado pela média ponderada da distribuição espacial dessas massas; (v) centro médio ponderado da dispersão espacial de indivíduos. Este artigo conclui que essa estratificação pode ser interpretada como uma estrutura de generalização/metáfora, de modo que a aprendizagem do conceito de centroide, na prática de modelagem, pode ser entendida como a aquisição dessa estrutura, a saber, como a aquisição de uma metáfora linguístico-visual que possibilita investigar e extrair informações acerca do espaço.
Este artigo tem como objetivo estruturar uma aproximação entre Modelagem Matemática e Socioeducação. Inicialmente apresenta e discute os conceitos de Socioeducação e Modelagem Matemática, buscando pontos de convergência entre ambas. Em seguida, apresenta e analisa atividades de modelagem desenvolvidas com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio fechado em um Centro de Socioeducação (Cense) buscando evidências de uma formação socioeducativa dos internos mediada por essas atividades. O que esta análise indica é que a Socioeducação pode ser mediada por atividades de modelagem e, neste sentido, as atividades, ao mesmo tempo em que favorecem a aprendizagem dos alunos, também os integra em um universo de ações que visam a sua reintegração na sociedade.
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