Fundamentos: Próteses valvares aórticas com desempenho hemodinâmico adequado possibilitariam maior regressão da hipertrofia ventricular e normalização da função ventricular. Isto possivelmente tenha implicações importantes no prognóstico tardio após a substituição da valva aórtica. Objetivo: Avaliar o desempenho hemodinâmico do auto-enxerto pulmonar em posição aórtica e a regressão da hipertrofia ventricular esquerda após a operação de Ross. Casuística e Métodos: De maio/95 a março/97, 45 pacientes com média de idades de 27,1 anos foram submetidos à operação de Ross. Todos os pacientes foram submetidos, no pós-operatório imediato, a ecocardiografia com Doppler e cateterismo cardíaco para avaliação do desempenho hemodinâmico dos auto e homoenxertos, assim como da massa e função ventricular esquerda. Catorze pacientes com evolução superior a seis meses submeteram-se a ecocardiografia de stress com dobutamina, para estudar o desempenho hemodinâmico dos auto e homoenxertos em condição de exercício. Resultados: A mortalidade hospitalar foi de 6%. Após tempo médio de seguimento de 12,8 meses (1-23), ocorreu um óbito súbito tardio e nenhuma complicação relacionada à prótese. O desempenho hemodinâmico imediato e tardio dos auto-enxertos foi praticamente normal, com média de gradiente médio de 1,8 ± 0,6 mmHg e média de gradiente instantâneo máximo de 2,9 ± 0,9 mmHg. O grau de insuficiência valvar foi desprezível. Mesmo em condição de exercício, os gradientes não se elevaram de forma significativa, com média de gradiente médio de 4,3 ± 2,5 mmHg e média de gradiente instantâneo máximo de 10,4 ± 6,1 mmHg. Os homoenxertos utilizados para a reconstrução da via de saída do ventrículo direito tiveram excelente desempenho hemodinâmico imediato; entretanto, no seguimento tardio apresentaram discreto aumento das velocidades de fluxo com média de gradiente médio de 10 ± 7,1 mmHg em repouso e 26 ± 13,3 mmHg durante o exercício. O índice de massa ventricular esquerda caiu de 168 ± 46g/m² no pré-operatório para 115 ± 32g/m² no 6º mês de evolução. A função ventricular esquerda apresentou-se normal em repouso e no exercício na maioria dos pacientes. Conclusões: Dado o desempenho hemodinâmico normal dos auto-enxertos pulmonares, a redução da massa ventricular e normalização da função do ventrículo esquerdo, além da ótima evolução tardia dos pacientes, consideramos a operação de Ross como a operação ideal para pacientes aórticos jovens.
Background: Aortic valve prosthesis with adequate hemodynamic performance should allow more complete left ventricular mass regression and return left ventricular function back to normal. This possibly affects long term prognosis after aortic valve replacement. Objective: Assessment of hemodynamic performance of the pulmonary autograft in the aortic position and the regression of left ventricular mass after the Ross procedure. Material and Methods: Between May/95 and Mar/96, 45 patients with mean age of 27.1 years were submitted to a Ross procedure. Doppler echocardiography and cardiac catheterization wer...
RESUMO : O tratamento cirúrgico da endocardite na fase aguda vem-se impondo como o mais efetivo. em muitas circunstâncias clínicas. As contínuas modificações nos aspectos clínicos. diagnósticos e bacteriológicos desta afecção tornam necessária permanente avaliação dos resultados. nas situações concretas de atuação dos diversos grupos clínico-cirúrgicos. A definição de normas de conduta ante esta grave afecção tem-nos preocupado. ultimamente. por sua crescente participação em nossa prática clínica-cirúrgica . De novembro de 1983 a novembro de 1986, 6,7% das substituições valvares por nosso grupo cirúrgico deveram-se a endocardite (32 de 4.77 pacientes) . A sede do processo infeccioso teve a seguinte distribuição : mitral 6 casos. aórtica 12 casos (um óbito), mitral e aórtica 6 casos (dois óbitos) prótése aórtica 4 casos (três Óbitos) . prótese mitral 2 casos (um óbito) mitral . aórtica e tricúspide 1 caso (um óbito) e parede do ventrículo esquerdo 1 caso. A idade variou entre 10 e 56 anos. Sete pacientes eram do sexo feminino e 24 do masculino. Todos os pacientes eram brancos . A análise dos achados anátomo-patológicos permitiu determinação de três grupos: no Grupo A. tivemos 11 operações por lesões valvares simples. consistentes basicamente de vegetações infectadas. Todos os pacientes sobreviveram e obtiveram alta hospitalar. Nos 15 pacientes do Grupo B. havia acometimento multivalvar. ou lesões complicadas por mutilações valvares extensas e/ou comunicações entre câmaras cardíacas; 5 pacientes faleceram. No Grupo C. houve 5 operações por infecções em próteses. ocorrendo 4 óbitos. O prognóstico favorável dos pacientes operados com lesões simples e o alto risco daqueles em que havia destruição tissular mais extensa e daqueles em que a endocardite se instalou em próteses, nos levam a defender o tratamento cirúrgico precoce das infecções valvares. em todos os casos em que não haja rápida resposta ao tratamento antibiótico. DESCRITORES : endocardite infecciosa. cirurgia.
O seguimento foi de 163 (98,7%) pacientes, sendo 9 perdidos durante o período de observação . Houve 45 óbitos tardios, sendo de 59% EP 10,9% a probabilidade atuarial de sobrevida aos 8 anos. Houve 26 episódios embólicos em 21 pacientes, sendo de 69,8% EP 11 ,7% a probabilidade de não ocorrência de embolia e de 39,7% EP 10,4% de sobrevida sem embolia. A incidência global de episódios foi de 3,5 por pacientes/ano, sendo 6 fatais (23%). Quanto ao uso de anticoagulação oral, os pacientes dividiram-se em 3 grupos. No grupo A houve 144 pacientes, com uma incidência linearizada de 3,2 por 100 pacientes/ano. No grupo B -21 pacientes que passaram a tomar anticoagulantes em seguida á operação, houve 1,9 episódios por 1 00 pacientes/ano. No grupo C -9 pacientes que iniciaram a anticoagulação após a ocorrência de um episódio embólico, apresentaram 8,1 embolias por 100 pacientes/ano. Concluímos que não foi possível demonstrar a eficiência da anticoagulação oral, nas condições em que foi conduzida, na presente série, na prevenção das embolias. Após a ocorrência de um episódio embÓliCO, sua instituição não foi suficiente para diminuir, significativamente, a recorrência desta complicação.
RESUMO : De 8/4/94 a 28/2/95, 32 pacientes foram submetidos a revascularização do miocárdio (RM) com a utilização da artéria radial (RA) como parte do procedimento. Esse número representou 17,3% da experiência global com RM neste período. Vinte e três pacientes eram masculinos e a média de idades foi de 56,8 anos (41 a 74 anos) . A RA foi utilizada para revascularizar o território do ramo interventricular anterior (RIA) ou Dg em 7 casos, da coronária direita em 7 e o da circunflexa em 18. A mortalidade hospitalar foi de 2 (6%) casos, sendo ambos de causa não cardíaca. Reestudo angiográfico antes da alta hospitalar foi realizado em todos os pacientes que sobreviveram, demonstrando enxertos patentes em 96% (46/48) . Dois enxertos exibiram espasmo moderado relacionado à ponta do cateter, um apresentou espasmo acentuado e dois demonstraram a presença de string signo Oito pacientes com evolução pós-operatória tardia superior a 6 meses foram submetidos a reestudo angiográfico seqüencial , com enxertos pérvios em 100%, sem nenhuma anormalidade detectável . Uma paciente que apresentou string sign no pós-operatório imediato foi reestudada no 4 Q mês de pós-operatório , com progressão do processo. Os resultados aqui obtidos nos permitem afirmar que a RA pode ser uma excelente opção para pacientes com varizes dos MMII ou ausência de veias safenas. O seguimento clínico mais prolongado nos ajudará a determinar o real valor da RA como enxerto aorto-coronário.• DESCRITORES: Miocárdio, revascularização com artéria radial , estudo clínico. Miocárdio, revascularização com artéria radial , estudo angiográfico. Miocárdio, revascularização, cirurgia. INTRODUÇÃOJá está bem estabel. ecido que a utilização da artéria torácica interna (ATI) na-cirurgia de revascularização do miocárdio proporciona melhores resultados anatômicos e funcionais imediatos e tardios, quando comparados com o emprego da veia safena 16, 19, 21 , 24. a revascularização completa do miocárdio, sendo, inclusive, contra-indicada em algumas situações 22, 30.
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