Às inúmeras pessoas que se dispuseram a tornar a pesquisa possível, com as quais tive contato ao longo de tanto tempo de trabalho. As conversas formais e informais, trocas de experiências e convívio com simpatizantes, adeptos e algumas das lideranças da Hillsong São Paulo foram, em muitos sentidos, marcantes. No único intuito de apreender suas relações sociais, muito aprendi. Contar com sua disposição provou que o ofício do sociólogo pode ser, muitas vezes, gratificante.À Bárbara, minha esposa, e à Maitê, minha filha. Não sei se sou capaz de dimensionar quanto que o tempo empreendido para a confecção desta tese lhes foi custoso. Menos incerto, contudo, foi o apoio e a compreensão incondicionais que recebi de sua parte, em todo tempo.Por tudo e mais um pouco, meus amores, muito obrigado.Aos meus pais, Mara e Edinho, que desde muito cedo me ensinaram o valor incomensurável do saber. Só mais tarde pude entender os significados, em sua vida, da frase que sempre me fizeram ouvir: "conhecimento ninguém pode tirar".Às minhas tias, que em momentos críticos intervieram com o amor e a generosidade de sempre.A Ricardo Mariano, pela orientação e toda dedicação prestada a mim, a minha pesquisa e ao meu texto. Não seria exagero dizer que, mais do que supervisor, Ricardo foi amigo. Sempre disposto a me auxiliar em dúvidas e dilemas decorrentes do trabalho como pesquisador, seu encorajamento foi determinante em momentos nos quais a desistência do doutorado foi cogitada. Até conhecê-lo e dispor do privilégio de tê-lo como orientador, julgava-me minimamente possuidor de domínio da nossa área de estudos. Ledo engano. Como é bom, à vida intelectual, poder contar com o auxílio de quem sabe muito mais do que nós suponhamos saber.À Nina Rosas, André Ricardo de Souza e Rodrigo Toniol. À Nina e André, incialmente, pelos questionamentos e sugestões na banca de qualificação, que muito contribuíram para que este trabalho chegasse a sua forma atual. À Nina, de maneira especial, pela forma sempre gentil com que aceitou os convites para integrar as bancas de avaliação, embora não nos conhecêssemos até então. Sua colaboração foi fundamental, em diversos aspectos. A André, pela valorosa cooperação desde os tempos de graduação. Minha formação como sociólogo passa direta e indiretamente por sua influência e dá provas da importância que bons professores desempenham na trajetória de seus alunos. A Rodrigo Toniol, pelas ricas sugestões na banca de defesa. Sua contribuição abriu-me os olhos para diversos aspectos ignorados na primeira versão do texto.Ao Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (PPGS/USP). O tempo a ele vinculado como discente, entre idas e vindas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), foi enriquecedor. O sonho de "estudar na USP", que por muito tempo pareceu distante, foi além do que poderia ter projetado sobretudo por sua acolhida.À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro concedido na forma bolsa de estudos ao longo dos quatro anos d...
Não foram poucos os prognósticos teóricos acerca do fim da religião no contexto da modernidade. Todavia, o que se vê e se percebe hodiernamente é que, apesar de os comportamentos e atitudes, e mesmo as instituições sociais serem pinceladas progressivamente por normas seculares, a esfera do religioso permanece incontestável. Nesse sentido, muitoNão foram poucos os prognósticos teóricos acerca do fim da religião no contexto da modernidade. Todavia, o que se vê e se percebe hodiernamente é que, apesar de os comportamentos e atitudes, e mesmo as instituições sociais serem pinceladas progressivamente por normas seculares, a esfera do religioso permanece incontestável. Nesse sentido, muitos especialistas têm apontado para transformações das experiências religiosas na contemporaneidade, perpassadas sobretudo por características próprias de uma fase e forma do moderno — a modernidade tardia — entre as quais os processos de individualização e consequente pulverização. Inserido nesse quadro, o campo religioso brasileiro tem chamado a atenção pela oferta de várias expressões de fé evangélica, em um todo nebuloso de denominações de difícil assimilação pelas pesquisas estatísticas oficiais. O censo do IBGE, como exemplo maior desse tipo de coleta quantitativa, chama de evangélicos não determinados uma categoria analiticamente embaraçosa. Com base nisso, o presente artigo problematiza tal aglomerado, primeiro numa espécie de crítica aos dados censitários, depois, com um debate sobre as possibilidades plausíveis de religiosos abarcados nesse conjunto.s especialistas têm apontado para transformações das experiências religiosas na contemporaneidade, perpassadas sobretudo por características próprias de uma fase e forma do moderno – a modernidade tardia –, entre as quais os processos de individualização e consequente pulverização. Inserido nesse quadro, o campo religioso brasileiro tem chamado a atenção pela oferta de várias expressões de fé evangélica, em um todo nebuloso de denominações de difícil assimilação pelas pesquisas estatísticas oficiais. O censo do IBGE, como exemplo maior desse tipo de coleta quantitativa, chama de evangélicos não determinados uma categoria analiticamente embaraçosa. Com base nisso, o presente artigo problematiza tal aglomerado, primeiro numa espécie de crítica aos dados censitários, depois, com um debate sobre as possibilidades plausíveis de religiosos abarcados nesse conjunto.
Não é de hoje que vários cientistas sociais e da religião têm apontado para a relevância dosentimento religioso mesmo em contextos em que os processos de secularização ditaramnovos moldes de organização e feição social. Nesse sentido, ainda que em significativasmudanças, há quem explique a pertinência do religioso a partir de uma de suas idiossincrasiasfundantes: sua predisposição para o oferecimento de respostas e significados aos problemasmais afligentes. Fundado nessa afirmação, o presente artigo buscará relacionar oreflorescimento de determinadas experiências religiosas às consequências da crise da ordemda governamentabilidade neoliberal. Assim, proporá que a produção de indivíduosdesorientados nesse contexto encontra nexos causais com a recorrência de sentimentosanímicos, orientadores no mundo contemporâneo.
O presente ensaio encontra na provocação sua razão de ser. Mais do que respostas, levanta questões diante da imprevisibilidade do mundo contemporâneo. Tendo como ponto de partida as considerações de Michel Foucault, especificamente aquelas relacionadas ao estudo das condições de emergência de certos saberes, pretende acirrar o debate em torno das possibilidades de seu uso como modelo de interpretação da realidade social, perguntando se alguns fenômenos hodiernos poderiam ser tomados como sintomas do início de uma nova era de configuração epistêmica.
Resumo: Ao contrário do que previa a tese clássica da secularização, a religiosidade não combaliu. Na realidade, o que temos observado na contemporaneidade poderia ser definido como um caso de reconfiguração religiosa de características próprias. Dentre as mais diversas e significativas mudanças no cenário religioso brasileiro dos últimos anos, destaca-se a desinstitucionalização, incluindo a evangélica. Os evangélicos sem-igreja, termo usado para designar os que se encontram nesse processo, estão inseridos numa variável crescente. O presente artigo busca ponderar a respeito desses novos sujeitos religiosos, bem como estudar a relação entre o seu crescimento vinculado aos aspectos próprios do recente período histórico da modernidade radicalizada nele reverberados. Para tanto, toma a comunidade Caminho da Graça, liderada por Caio Fábio D’Araújo Filho, como principal caso de campo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.