A vigilância de epizootias em primatas não humanos (PNH) é uma importante estratégia que visa, prioritariamente, a identificação precoce da circulação viral dos agentes da febre amarela e da raiva, na prevenção de riscos à saúde da coletividade. O presente artigo, de cunho descritivo, analítico e retrospectivo, utilizou dados da vigilância passiva de epizootias em PNH realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial de Niterói, Rio de Janeiro, no período de 2017 a 2018. No período estudado as epizootias envolveram 203 PNH, da família Callitrichidae. Foram analisados laboratorialmente somente 81,8% (n=166) dos primatas recolhidos, em função do estado de conservação das carcaças. A região Oceânica de Niterói e o bairro Fonseca destacaram-se na quantidade de carcaças recolhidas, havendo concentração em áreas de média e alta densidades de urbanização do município. Houve predomínio do aparecimento de carcaças no período de janeiro a maio. Não foram encontrados PNH positivos para raiva e foi encontrada prevalência baixa de febre amarela nos animais analisados laboratorialmente (1,26% em 2017 e 0,6% no período), com identificação de um único caso, no período pré-sazonal.
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