Este artigo objetiva apreender o romance de Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray, como literatura fantástica representante do motivo do duplo, a partir das relações entre arte e vida, sonho e realidade, razão e loucura, em diálogo com a Era Vitoriana. Estudos sobre o fantástico de Bessière (2012), Bizzotto (2016), Ceserani (2006) e Todorov (2014) fundamentam a reflexão sobre o pacto diabólico, a imagem refletida e a hesitação do leitor, evocados da metamorfose da pintura e da juventude incólume de Dorian Gray. A espectralidade da tela e sua insígnia de memória são abordadas a partir de estudos de Agamben (2007 e 2014). Impasses existenciais relacionados com a passagem do tempo, em diálogo com a cultura e a mitologia, são resgatados para a compreensão de formas de subjetividade.
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