ResumoA região noroeste fl uminense tem passado por profundas transformações em seu uso e ocupação do solo, aumentando a produção de sedimentos e mudanças da relação solo-água-planta. Em função desse quadro, este estudo visou a analisar a distribuição espacial média da produção de sedimentos na bacia experimental do córrego Santa Maria, no município de São José de Ubá, no noroeste fl uminense (RJ), para o período entre 2005 e 2007, com o intuito de subsidiar o planejamento ambiental. Para modelagem da produção de sedimentos foi utilizado o modelo matemático Soil and Water Assessment Tool (SWAT), devido à sua base física e à capacidade de simular cenários ambientais. Para a modelagem foi necessário o Modelo Digital de Elevação (MDE), dados cartográfi cos de uso e ocupação de solo atual, da espacialização dos solos e suas características físico-hídricas, bem como dados climáticos e hidrossedimentológicos diários e mensais. Os resultados evidenciaram que as áreas com maior produção de sedimentos ocorrem nas Unidades de Respostas Hidrológicas (URHs) com domínio das pastagens associadas às declividades, entre 25% e 57%, comprimentos de encostas entre 15 e 28m, e às características do ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO, NEOSSOLO LITÓLICO (RLve) e CAMBISSOLO HÁPLICO, evidenciando a necessidade de refl orestamento com espécies nativas nas URHs com estas classes de solos e, nas demais porções da bacia do córrego Santa Maria, a difusão de práticas de manejo e conservação do solo.
Resumo Frente fria (FF) é um sistema atmosférico dinamizador das condições climatológicas de um dado local, ao longo do ano. Em função de suas alterações nas condições climatológicas, este estudo se propôs a verificar a incidência de FF e seus efeitos sobre alguns elementos climáticos do município de Vitória, no Espírito Santo, durante o período de dezembro de 2010 (inicio do verão) até março de 2012 (término do verão). Para o desenvolvimento do trabalho, utilizaram-se dados de precipitação e temperatura média diária da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e de vento do Sistema de Dados Meteorológicos (BDM) da estação climatológica situada no Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória. Também foram verificadas as previsões diárias de tempo, fornecidas pelo Centro de Previsão e Estudos Climáticos (CPTEC), pelo Climatempo e pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência técnica e Extensão Rural (Incaper), bem como as cartas sinóticas do Serviço Meteorológico da Marinha do Brasil e do CPTEC, para identificação da incidência das FFs sobre Vitória (ES). Os resultados indicaram que as estações de inverno e primavera foram as que apresentaram a maior incidência de FFs no município de Vitória. Também, verificou-se que as FFs contribuíram para a ocorrência de chuvas, diminuição da temperatura média e aumento do componente meridional do vento. Palavras-chave: frentes frias; temperatura; precipitação; vento.
Escorregamentos em áreas urbanas são um problema ambiental que afeta socioeconomicamente a população residente. No Brasil, a região Sudeste é palco constante deste processo. Uma das tipologias de movimentos de massa mais recorrentes é a de escorregamentos translacionais, o qual também se manifesta em Vitória/ES. Em função disto analisou-se as áreas de suscetibilidade a escorregamentos translacionais na bacia de drenagem de Fradinhos, através do modelo SHALSTAB, levando em consideração o zoneamento definido pelo Plano Diretor Urbano de Vitória/ES e das classes de uso e cobertura da terra. As áreas de mais alta suscetibilidade estão associadas, principalmente, com as Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) e Especiais de Interesse Social (ZEIS). A ZPA ocupa a maior área da bacia (76,3%) e tem as maiores frequências relativas entre todos os níveis de suscetibilidade a escorregamentos, com destaque para baixa e média (31,3% e 24,2%, respectivamente). A ZEIS tem suscetibilidade a escorregamentos variando entre baixa e incondicionalmente instável, com predominância desta última classe, com 1,9% da área total da bacia. Faz-se necessário limitar a expansão urbana para as encostas da bacia de drenagem de Fradinhos, já que a expansão urbana pode contribuir para o aumento das áreas de instabilidade.
O estudo teve como propósito analisar a Fragilidade Ambiental Potencial (FAP) e Emergente (FAE) da bacia hidrográfica do rio Duas Bocas, Espírito Santo, por meio da integração das variáveis: declividade, geomorfologia, solos, uso e cobertura da terra e precipitação de 1970, 2008 e 2012. A metodologia dividiu-se em três etapas: a primeira correspondeu a pesquisas bibliográficas e aquisição de dados vetoriais e matriciais. Na segunda etapa foram realizados levantamentos de campo para o reconhecimento da área e validação dos produtos cartográficos in loco. A terceira etapa ficou a cargo dos trabalhos de gabinete com a elaboração dos produtos cartográficos. Com a análise dos resultados contatou-se que a FAP apresentou as classes alta e muito alta na nas porções central e superior da bacia, com presença de Cambissolos Háplicos e Neossolos Litólicos em relevo fortemente dissecado e declividades acima de 30%. Na porção inferior as classes foram baixa e média com presença de Latossolos Vermelho-Amarelo e Gleissolos, em relevo suave ondulado e plano, com declividade entre 0 a 6% e 6% a 12%. A FAE teve uma atenuação na porção superior, devido ao uso da terra (mata nativa), com classes muito baixa e baixa. Já na porção central a classe foi alta e média (exceção 1970), e na inferior classe baixa e média, tendo pastagem como uso e alguns pontos com classe muito baixa, devida a fragmentos de mata nativa, com alta e média em 1970 na planície fluvial. Contudo, a metodologia utilizada mostrou-se satisfatória quanto à fragilidade ambiental.
Apesar de bem estabelecida em bacias hidrográficas continentais, a análise morfométrica ainda é pouco desenvolvida em ilhas oceânicas. Este trabalho tem como objetivo analisar a morfometria e classificar morfologicamente a ilha da Trindade, localizada no Atlântico Sul e, verificar sua relação com o ITU. Foram utilizados os parâmetros de altimetria, declividade, fator LS, Índice Topográfico de Umidade (ITU) e a classificação Geomorphons. A ilha da Trindade tem amplitude altimétrica de 600m, sendo que 34% da área da ilha tem cota entre 0-100m e, 21,2% tem entre 100-200m. As áreas mais baixas da ilha são praias de cascalho, areia e leques aluviais. Divisores de água como os picos do Desejado e Verde correspondem às porções acima de 500m e ocupam cerca de 2% da área da ilha. A declividade varia de fortemente ondulada (20-45%) a montanhosa (45-75%), com ambas as classes ocupando mais de metade da ilha. As porções mais aplainadas (declividade entre 0-3% e 3-8%) ocupam menos de 4% da área. Verifica-se que as faces das vertentes mais expostas da ilha às intempéries climáticas (vento e chuva) são as orientadas a leste e sudeste e, portanto, são as mais trabalhadas por processos escultores do relevo. As faces oeste e noroeste são as mais escarpadas e protegidas das ações de intempéries climáticas. A classificação por Geomorphons mostrou que 57% da área da ilha é composta por encostas retilíneas, 19% são cristas secundárias (encostas levemente convexas em plano e perfil) e 18,6% são concavidades. O ITU aponta para setores com tendência a saturação em concavidades do relevo e terços médios e inferiores das encostas, com predominância na porção leste.
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